Ricardo Costa, defesa central do Wolfsburgo, está em destaque esta terça-feira, não pelo jogo com o Sp.Braga para a Taça UEFA, mas pelo facto de ter socorrido Grafite, que ficou em mau estado depois de um choque com o colega de equipa Sascha Riether.
«Foi uma situação algo complicada. O treino já estava a terminar quando os dois chocaram. O embate foi tal, que deixou o Grafite em convulsão», conta Ricardo Costa ao MaisFutebol. Apesar da confusão e de algum receio que se gerou, o internacional português conseguiu manter a calma suficiente para ajudar o seu companheiro de equipa, evitando que a situação fosse ainda mais grave.
«Aconteceu tudo muito rápido, mas foi um susto para todos. A minha reacção foi imediata. Ele precisava de ajuda e eu não podia deixar de socorrer um amigo». A intervenção de Ricardo Costa impediu que o colega brasileiro engolisse a língua.
O defesa explica que durante a sua carreira já teve de fazer coisas parecidas. «Na minha carreira futebolística já tinha assistido a situações semelhantes nos treinos, que me ensinaram o que fazer. Também a conversa com alguns médicos e mesmo alguns programas televisivos contribuiram para que pudesse socorrer o meu amigo», explica.
Mesmo momentos dramáticos, como foi a morte de Féher, ensinam os jogadores a estar mais alerta nestas ocasiões e, sobretudo, a saber como agir: «A situação do Féher e a do Costinha [desmaiou no Estádio D.Afonso Henriques, após entrada de Flávio Meireles], ensinam-nos o que fazer».
Segundo Ricardo Costa, o melhor marcador do Wolfsburgo «está bem e livre de qualquer perigo, pelo que amanhã já deverá sair do hospital».
«Espero ficar por mais tempo»
Sem autorização para comentar o encontro desta quinta-feira com o Sp.Braga, Ricardo Costa, que há ano e meio está na Alemanha, diz estar a gostar muito de jogar na Bundesliga e, no que depender de si, gostaria de ficar mais tempo. «É um espectáculo. O ambiente no clube é fantástico e o campeonato é muito competitivo. Espero poder ficar por mais tempo», confessa.