Confirmando as notícias que circulavam ontem na Nigéria, as cerimónias fúnebres do corpo de Rashidi Yekini vão realizar-se este sábado, na cidade Ira, província de Kwara State. Cumprindo a tradição muçulmana, o corpo de Yekini vai ser cremado e as cinzas depositada no cemitério local.

De acordo com informações prestadas pela ex-mulher ao departamento de informação nigeriano, Yekini morreu no hospital privado de Idadan. O antigo jogador teve um casamento falhado, viveu os últimos dois anos longe da família e há cerca de um mês despediu o segurança privado.

Já o comissário da província de Kwana State, Tunji Moronfoye, que era também primo de Yekini, referiu que o nigeriano morreu de depressão. «Depois de ter deixado o futebol não conseguiu encontrar o seu rumo. Vivia solitário e infeliz», disse, lembrando que Yekini jogou até aos 40 anos.

Morte de Yekini é notícia na Nigéria

Enquanto isso, África presta-lhe uma última homenagem, sucendendo-se as manifestações de pesar. O presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, referiu por exemplo que o antigo jogador do V. Setúbal «personificou verdadeiramente o que é patriotismo, disciplina, trabalho duro e humildade».

«Foi um prazer assistir às suas acelerações, às suas movimentações em direção ao golo em várias competições internacionais de futebol e ver como ele era temido por guarda-redes e defesas. Peço à a família e ao povo nigeriano que continue a guardar a memória dos pontos altos da sua carreira.»

Já o presidente da Confederação Africana de Futebol, Issa Hayatou, destacou que foi «com um grande pesar e tristeza» que tomou conhecimento da morte de Yekini. «Em nome do futebol africano, e em meu nome particular, expresso as condolências à família e ao desporto nigeriano.»

«As fantásticas exibições de habilidade e tantento de Rashidi Yekini tornaram-se evidentes de forma consistente para todo o mundo nas campanhas da seleção da Nigéria nos mundiais dos Estados Unidos, em 94, e de França, em 98.Teremos muitas saudades dele», finalizou o dirigente desportivo.