Maradona, de um lado. Zenga, italiano, guarda-redes, um dos melhores do mundo na sua época, do outro.

Em 1990, no Mundial, encontraram-se numa meia-final decidida nas grandes penalidades. A Argentina passou. Maradona marcou a Walter Zenga. E como. De pé esquerdo, claro, a bola rasteira. O guarda-redes, enganado, numa viagem sem sentido para o poste errado.



Agora, 21 anos depois, Maradona e Zenga voltaram a encontrar-se. Ambos treinam equipas sem história, nos Emirados Árabes Unidos. Tão insignificantes na história do futebol que mais vale deixar os nomes dos clubes mais para o fim.

O jogo, apesar do nome dos famosos treinadores, também não mareceria referência se não tivessem lembrado a Zenga esse tal jogo, lá atrás no início dos anos 90.

O italiano aproveitou para demonstrar que o tempo passou bem por ele. «Eu e Maradona somos amigos, mesmo que tivesse perdido este jogo teria ido cumprimentá-lo. O mais importante na vida é o respeito», disse. «Falámos antes do jogo, foi a primeira pessoa a quem apertei a mão», revelou.

E ainda acrescentou uma frase, para encerrar o tema: «Maradona é a história do futebol, se o futebol existe é por causa de Maradona. Diego é Diego, não podemos deixar de ter respeito por ele».

E Maradona. Pois Diego também deu a sua versão. «Zenga desejou-me Feliz Natal. Foi um gesto bonito que retribui».

E agora o resultado: Al-Nasr-Al Wasl, 2-2. A equipa de Zenga empatou no fim, por Leo Lima, um brasileiro que já andou por Portugal. De «penalty».