O Rio Ave respondeu bem à última derrota caseira e, como tem sido seu apanágio, voltou a ganhar fora de portas, esta sexta-feira, em Coimbra, na abertura da sétima jornada da Liga. Quando era preciso dar a volta, os comandados de Nuno E. Santo disseram presente, já somam 10 pontos, e sobem provisoriamente ao sexto lugar.

O jogo, parafraseando Quinito, foi entretido, teve duas bolas no ferro, salomonicamente repartidas pelas duas equipas, e uma boa dose de oportunidades de golo, também bem distribuídas.

A Académica esteve melhor na primeira parte, poderia ter aberto o ativo, mas voltou a pecar na finalização, e acabou por sofrer o golo a 10 minutos do final da partida, numa altura em que tudo podia acontecer. Reiner Ferreira fez autogolo e agudizou os problemas da formação de Coimbra, que pode cair para a zona de despromoção no final da jornada.

Duas equipas com percursos irregulares, e, por isso, a precisar de pontos, sobretudo os da casa, entregaram-se a uma partida com ritmo e procura da baliza. Começou melhor a Académica, mais pressionante, aproveitando a postura positiva dos forasteiros.

Diogo Valente esteve por duas vezes à beira de marcar, bem apoiado por Djavan, sempre em postura ofensiva, e que lhe valeu, até, o primeiro momento alto da partida com um cabeceamento à barra ainda no primeiro minuto de jogo.

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O Rio Ave soube responder e não fosse um pé maroto de Ricardo e Diego Lopes poderia ter aberto o ativo. Os vila-condenses podem, contudo, queixar-se de alguma má fortuna, com as lesões consecutivas de Rodríguez e Lionn, que debilitaram a defesa e obrigaram Nuno E. Santo a repensar a estratégia para o jogo.

André Villas Boas e Wakaso, que ficou no banco desta vez, tiveram de ser lançados de emergência, mas, felizmente, havia Roderick em campo, justamente no lugar do ganês, e assim foi fácil fazer o reajuste tático. Depois, o médio que entrou foi fazer dupla no centro da defesa com jovem internacional português, e Marcelo fechou do lado direito.

O problema é que duas substituições já tinham sido utilizadas e podiam faltar argumentos para a segunda metade… ou não. É nessa altura que a Briosa intensifica o assédio à baliza de Salin, em bolas paradas, mas também em ataque continuado. Foi, por assim dizer, o canto do cisne dos estudantes, ainda nos momentos inciais da segunda parte.

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No entretanto, apenas uma «cavalgada» de Edimar conseguiu retirar Ricardo do marasmo. O lance teve, porém, o condão de despertar o ataque vila-condense, e o guardião português foi providencial a negar um golo que parecia certo a Ukra.

Pouco depois, Tarantini atirou também ao ferro na sequência de um livre, e Buval respondeu com um bom movimento à entrada da área para grande defesa de Salin. O Rio Ave, ainda assim, dava mostras de estar melhor na partida.

Com Ukra a crescer a olhos vistos, foi o pequeno extremo quem, numa variação de flanco, atirou o isco para Ferreira que, num mau gesto técnico, introduziu a bola na própria baliza. De nada valeu a reação dos da casa, em jeito de desespero, quando já só faltavam 10 minutos para o final da partida.