Ferreira de Oliveira sublinhou, em conferência de imprensa, que optou por estar silencioso neste período de investigação para não acharem que pudesse interferir na orientação da análise da AdC.
No entanto, mostra-se arrependido com esta postura e garante que «se fosse hoje agiria de outra forma»: «Houve especialistas do sector que se pronunciaram com preços escondidos. É triste ver que atacam a empresa que tanto fez pelo País e pela economia», concluiu Ferreira de Oliveira.
O responsável voltou a afirmar que a petrolífera portuguesa «é uma empresa que está no mundo e que sabe estar no mundo, sujeita a regras de competitividade e tem aprendido a ser eficiente».
Recorde-se que a Autoridade da Concorrência (AdC), a quem o Governo pediu uma investigação sobre a formação dos preços dos combustíveis em Portugal, anunciou esta terça-feira não ter encontrado sinais de concertação entre as várias companhias petrolíferas a operar no mercado nacional no que se refere à fixação dos preços da gasolina e gasóleo.
A par do presidente da AdC, Manuel Sebastião, o responsável da Galp reitera que a empresa não tem o monopólio da refinação em Portugal, esclarecendo que «não existe monopólio porque é uma actividade global, onde os produtos e os preços são feitos diariamente».
«Só o resultado final acontece no nosso mercado», acrescentou.
No seu relatório, a AdC não detectou obstáculos à entrada de novos operadores no negócio da refinação em Portugal, onde a Galp é a única.
RELACIONADOS
Presidente da Galp: «Basta de angústia dos preços altos»
Galp rejeita acusações de práticas concorrenciais ilegítimas
Ferreira de Oliveira assume que imagem da Galp «foi afectada»
Concorrência vai manter vigilância apertada nos combustíveis
Ministro afasta separação de negócios de transporte e armazenagem
Governo vai reduzir prazos de licenciamento de gasolineiras
Governo quer urgência nas placas com preços de combustíveis
GM fecha quatro fábricas devido ao aumento da gasolina
Governo pede à Galp para revelar custos e proveitos
Combustíveis: não há limitações à importação de refinados
Combustíveis: não há obstáculos à concorrência na refinação
Combustíveis: AdC não recomenda separação de negócios da Galp