Preço do pão volta a subir 15% este mês
Em declarações à Agência Financeira, o jurista da DECO, Jorge Morgado, sublinhou que «cada vez que há um anúncio deste tipo, é essencial que a AdC investigue a situação de forma aprofundada» já que estes aumentos «não estão de acordo com o mercado livre e concorrencial».
Jorge Morgado acrescenta que a DECO «não aceita que um sector tenha aumentos uniformes de preços, porque os custos de produção das empresas são diferentes».
Aumentos dos preços dos alimentos vieram para ficar
O especialista disse ainda à AF que esta «onda inflacionista é despropositada» e apenas «serve para criar condições psicológicas para os aumentos dos produtos, que os comerciantes menos sérios acabam por aproveitar».
Por isso, deixa o alerta: «os consumidores devem estar atentos aos abusos que podem acontecer da parte dos comerciantes e devem penalizar os fornecedores de pão que apresentem aumentos desnecessários, indo a outro fornecedor», sublinha.
AdC garante estar vigilante
A Agência Financeira contactou ainda a Autoridade da Concorrência (AdC) para reagir a este alerta e fonte oficial do regulador garantiu que apesar da AdC não regular preços, «está sempre vigilante quanto à violação da Lei da concorrência».
«A nós (AdC) compete-nos fiscalizar se uma subida dos preços resulta de uma prática concertada. O mercado é livre, por isso, apenas podemos acompanhar todas as situações suspeitas e, se for caso disso, abriremos processos de investigação», como já foi feito em 2004, conclui.
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