Não há coincidências. Na semana em que a Netflix lançou a terceira temporada do extraordinário Drive to Survive, com o melhor do que a época de 2020 nos deixou, a nova campanha de Fórmula 1 arranca no Bahrain.

A pergunta óbvia é a que se repete desde 2014: é desta que a Red Bull se consegue opor de forma firme à ditadura imposta pelos carros da Mercedes e, em particular, pelo sete vezes campeão mundial Lewis Hamilton?

Os primeiros dados – testes de pré-época e treinos livres já no Bahrain – sugerem que sim. Max Verstappen parece ter carro para lutar pelo título mas, já se sabe, com Hamilton, Bottas e o carismático Toto Wolff, diretor executivo da marca alemã, nunca fiando.

Lewis Hamilton igualou o número de títulos de Michael Schumacher, bateu o seu recorde de vitórias em corridas e entra em 2021 com a motivação de passar a ser o maior campeão de sempre da máxima categoria do desporto automóvel. Não é pouco.

No DOSSIER associado, o Maisfutebol apresenta as dez equipas que se apresentam para o novo ano, com duas novidades logo no nome: a Racing Point passa a denominar-se Aston Martin e a Renault deixa o seu fortíssimo símbolo e os carros amarelos para passar a ser Alpine.

Há outras novidades que valem muito a pena sublinhar: Mick Schumacher, filho do grande Michael, estreia-se como piloto oficial da Haas. As expetativas não são grandes, pois andará possivelmente no pior carro da grelha – a Williams tem a palavra -, mas a Ferrari seguirá de perto a adaptação e evolução do piloto de 21 anos.

Curiosamente, Mick vai correr contra seis pilotos que também foram adversários do pai: Lewis Hamilton, Sebastian Vettel, Kimi Raikkonen, Sergio Perez, Daniel Ricciardo e Fernando Alonso.

Alonso? Não há engano. O bicampeão mundial fartou-se da reforma antecipada da F1 e volta aos circuitos do Grande Circo depois da ausência em 2019 e 2020. Alonso, 39 anos, vai estar ao volante dos novos Alpine.

Em relação aos rookies, há mais dois nomes a registar: Nikita Mazepin (Haas) e Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) vão estar nas 23 corridas previstas, a não ser que surja alguma substituição pelo caminho. 

Antes de ler o nosso DOSSIER, vale apenas deixar mais um apontamento. Em 2021, a FIA prevê testar em três grandes prémios as ‘corridas sprint’. Do que se tratam? De forma resumida, os sábados passariam a trocar a qualificação por uma corrida mais curta – cerca de um terço da duração normal – e que serviria para ordenar a grelha de partida para domingo.

Ah, não se esqueçam que a 2 de maio, a Fórmula 1 regressa ao Algarve. É o segundo ano seguido com Portugal a receber os melhores pilotos do mundo.

CALENDÁRIO PROVISÓRIO: 

1. Bahrain, 28 de março
2. Itália-Imola, 18 de abril
3. Portugal, 2 de maio
4. Espanha, 9 de maio
5. Mónaco, 23 de maio
6. Azerbaijão, 6 de junho
7. Canadá, 13 de junho
8. França, 27 de junho 
9. Áustria, 4 de julho
10. Inglaterra, 18 de julho 
11. Hungria, 1 de agosto
12. Bélgica, 29 de agosto
13. Holanda, 5 de setembro
14. Itália-Monza, 12 de setembro
15. Rússia, 26 de setembro
16. Singapura, 3 de outubro
17. Japão, 10 de outubro
18. Estados Unidos, 24 de outubro
19. México, 31 de outubro
20. Brasil, 7 de novembro
21. Austrália, 21 de novembro
22. Arábia Saudita, 5 de dezembro
23. EAU-Abu Dhabi, 12 de dezembro

DOSSIER: todas as equipas e pilotos para o ano de 2021