As associadas da Associação de Instituições de Crédito Especializado (ASFAC) concederam, o ano passado 5.837 milhões de euros, menos 1,9% de crédito face ao período homólogo.

No entanto, o quarto trimestre de 2007 apresentou uma subida de 12,8% face ao trimestre anterior, totalizando 1.569 milhões de euros.

Segundo o presidente da ASFAC, António Menezes Rodrigues, «ao contrário da subida verificada nos empréstimos concedidos pela banca, o crédito no ponto de venda, a maioria daquele que é concedido pelas nossas associadas, diminuiu significativamente em 2007. Isto acontece porque a confiança dos portugueses e o consumo privado estão em níveis baixos, por isso, é natural que o número de contratos de crédito feitos no ponto de venda também diminua».

Mais de 90% é destinado a particulares

O total de crédito clássico concedido somou, em 2007, 2.861 milhões de euros, sendo 92,7% deste valor destinado a particulares (crédito ao consumo) e 7,3% a empresas.

Com a excepção de créditos não diferenciados (cujo valor é marginal) e do crédito «revolving», que apresentou uma descida de 42% em 2007 face a 2006, todos os tipos de crédito revelaram ligeiras subidas dos valores concedidos.

Em relação ao destino dos valores concedidos no crédito clássico, em 2007, 70,3% destinaram-se à aquisição de meios de transporte, 11,9% ao crédito pessoal e 13,7% a artigos para o lar. Este último tipo de crédito revelou um crescimento de 13,7% face ao ano de 2006.

Durante o ano de 2007, celebraram-se 595.101 contratos de crédito clássico, sendo 581.506 destes com particulares. Em média, durante o ano de 2007, cada contrato de crédito ao consumo foi de 4.562 euros, valor idêntico ao do ano passado.

Em relação ao valor médio dos contratos celebrados com empresas, verifica-se um aumento em termos homólogos, cifrando-se o valor do contrato médio para empresas em 15.320 euros.