Os quatro principais fabricantes automóveis vão cumprir mais 28 dias de paralisação da actividade nas próximas semanas, o que totaliza 65 dias sem produzir ao longo do primeiro trimestre deste ano, devido à quebra nas encomendas, avança a agência Lusa.

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A Toyota Salvador Caetano, de Ovar, vai interromper a produção dos seus veículos este dia e sexta-feira e nos dias 25, 26 e 27 de Fevereiro, tendo já estado sem produzir de 9 a 13 deste mês, o que perfaz um total de 10 dias em suspensão produtiva.

Também a Autoeuropa, em Palmela, vai voltar a parar a produção de veículos na próxima quarta, quinta e sexta-feira, depois das paralisações na primeira semana de Fevereiro e nos dias 12 e 13.

A actividade da Autoeuropa esteve ainda parcialmente paralisada durante 16 dias, em que a produção do Scirocco e do descapotável Eos esteve suspensa, e outros 17 dias de não produção dos monovolumes Sharan e Alhambra, estando ainda prevista uma nova paralisação total para Abril.

Mitsubishi do Tramagal com produção suspensa

A fábrica da Mitsubishi do Tramagal, em Abrantes, também vai voltar a suspender a produção esta quinta-feira e durante dois dias, depois de ter estado parada de 2 a 6 de Fevereiro.

Para Março, a empresa tem agendadas novas paragens, de 2 a 6, a 13, 26, 27, 30 e 31, o que totaliza 18 dias de suspensão da actividade ao longo do primeiro trimestre deste ano.

Depois das paragens laborais de 20 dias em Janeiro e Fevereiro, a PSA Citroen, em Mangualde, tem prevista nova paralisação de 2 a 6 de Março.

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A Renault Cacia, em Aveiro, prevê mais interrupções da produção em Abril mas ainda não se conhecem datas definidas nem o número de dias em paragem.

Fábricas de componentes automóveis também são afectadas

Também as fábricas de componentes automóveis se têm visto obrigadas a suspender a actividade: a Fleximol, fabricante de suspensões para veículos, parou temporariamente, por seis meses, os contratos a 73 dos 154 trabalhadores da empresa, que labora no concelho do Cartaxo.

Durante o período de suspensão, que se estende até 11 de Julho, os trabalhadores recebem apenas dois terços do salário (70 por cento dos quais pagos pela Segurança Social e os restantes 30% pagos pela empresa).

Na Guarda, a Sodecia está a suspender o contrato de trabalho e, noutros casos, a reduzir as jornadas laborais a 81 dos 104 trabalhadores, por um período de seis meses, em que os funcionários trabalham apenas quatro dias por semana e não cinco.

A Delphi, fábrica de cablagens para o sector automóvel da Guarda que emprega 960 trabalhadores, vai também suspender a laboração na semana do Carnaval, de 23 a 27 de Fevereiro.