O jogador do Barcelona Oleguer voltou a estar no centro das atenções da imprensa espanhola depois de se ter recusado novamente a falar em castelhano, preferindo o catalão. O futebolista, que é conhecido por ser um activista político e por ter escrito vários artigos na imprensa, defendeu, numa entrevista ao Diario Olé, que os jogadores têm direito a pensar.
Oleguer, conhecido pela sua militância em causas como a independência catalã e a luta anti-globalização defendeu a liberdade de acção e pensamento: «Estou cansado que me tratem como um bicho raro. Há muitos jogadores com inquietudes. O futebolista não é só um indivíduo que corre atrás de uma bola.» Questionado se fala de política em sua casa o defesa do Barça foi directo ao assunto e insurgiu-se contra o jornalista: «Não sei porque é que isso parece uma coisa estranha. Tu com a tua família não falas da actualidade, do que se passa nas notícias e do que se sucedeu? É uma coisa normal em todas as casas.»
Por outro lado, Oleguer falou do mundo do futebol e do que o envolve explicando que a pressão que tem sido feita contra ele e que o persegue é exagerada: «O que mais me chateia são as proporções que este caso tomou, que com tanto dinheiro e tanto poder, há demasiados interesses pelo meio. Quando vês que as digressões são combinadas para se ganhar dinheiro, o calendário dos jogos, os horários que se fazem por interesses publicitários e televisivos, por exemplo.»
Como tal, o jogador catalão viu com maus olhos que a Kelme lhe tivesse retirado o patrocínio depois do caso que protagonizou. «Num país onde há democracia, num país avançado, tem de haver liberdade de expressão e o que eu defendia não atentava contra essa liberdade de expressão», adiantou.