Aimar

O toque sul-americano é providencial no Benfica campeão, as saídas de Di María e Ramires são sentidas a cada jornada, mas ainda há muito Aimar para fazer esquecer tudo o resto. O grande golo marcado e a excelente exibição fazem do 10 a estrela em campo, ele que movimentou a bola com magia e classe, o que, infelizmente, não abunda nos relvados nacionais. Na véspera do 50º aniversário de Diego Maradona, Pablo Aimar marcou um golo para El Pibe sorrir. Aos 14 minutos, arrancou do meio-campo, deixou três adversários pelo caminho e rematou de fora da área para um golo que extravasou os domínios da Luz. «Para ti, Maradona!»

Coentrão

Ocupa a lateral esquerda com sobranceria, faz esquecer os erros de César Peixoto e a própria condição física, já que não estaria a 100 por cento. Tal como Aimar, esteve no desenho de grandes jogadas do Benfica, contornando Baiano com astúcia, e levando perigo até à baliza de Roberto. Atirou ao lado na primeira parte, após excelente combinação com Saviola, conquistou uma grande penalidade na segunda, que garantiu a tranquilidade necessária ao Benfica para poder gerir esforços para a recepção ao Lyon.

Roberto

Quatro defesas importantes (três ainda na primeira parte) fizeram de Roberto uma peça decisiva no sucesso do Benfica, ele que não sofre golos há cinco jornadas consecutivas, após o arranque comprometedor da época. Primeiro foi Rondon (6m), depois Maykon (11) e, antes do intervalo, evitou o empate de Nuno Santos, com uma bela defesa, ainda que incompleta. Na segunda parte (52), mais uma vez Rondon e a defesa para canto junto ao primeiro poste. Muito trabalho, mas também muita concentração e segurança na baliza encarnada.

Saviola

Jogou e fez jogar, trocou a bola com quase todos do meio-campo para a frente, colocou aqui e ali, esteve perto de bater Cássio (aos 21 minutos, Maykon, com o corpo, salvou o 2-0!), mas quis o destino que ficasse pela tentativa. Não foi uma exibição de encher o olho, mas de entrega total.

Leonel Olímpio e Filipe Anunciação

Muito bom o meio-campo pacense, com o regressado capitão Filipe Anunciação a segurar todas as pontas e a deixar em Leonel Olímpio e André Leão as tarefas mais criativas. O brasileiro, aliás, juntou mais uma boa exibição às muitas que contabiliza.

Nuno Santos

Boa estreia a titular deste avançado ex-Santa Clara. Nuno Santos esteve na origem dos dois remates mais perigosos do P. Ferreira, ambos na primeira parte. O primeiro, aos 24 minutos, uma bomba de pé esquerdo, após deixar Peixoto pelo caminho a atirar a milímetros da barra da baliza de Roberto. No segundo, a cinco minutos do intervalo, o espanhol interveio, com uma bela defesa, ainda que incompleta.