A transferência de Julian Draxler para o Benfica foi uma das mais badaladas em Portugal neste verão.

O internacional alemão, campeão do Mundo em 2014, chegou às águias por empréstimo do PSG e numa conversa com o youtuber alemão Gamerbrother assumiu estar surpreendido com a realidade que encontrou.

«O Benfica é um clube enorme. Honestamente, tenho de dizer que fiquei surpreendido com a dimensão quando vim, porque foi uma decisão de última hora e não me arrependi. O clube está numa boa posição, a equipa está bem. Tivemos bons resultados na Liga dos Campeões, a equipa continua sem perder este ano e o estádio está sempre ao rubro com 65 mil pessoas», disse, recordando, o processo que o levou, em cima do fecho do mercado, a rumar à equipa portuguesa.

«Normalmente não acontece muita coisa no início do mercado, porque toda a gente joga um pouco de póquer, mas depois as peças do dominó começam a cair e tudo acontece muito rapidamente», disse.

Draxler assumiu que o interesse do Benfica apareceu nas últimas horas do mercado e que teve pouco tempo para tomar uma decisão que ia também impactar na vida familiar, já que a mulher estava na fase final da gravidez. «Passei uma noite em claro, recebi uma chamada e era sim ou não. Disse que sim, fiz as malas e tive de explicar em casa que ia para Lisboa. (...) Em duas ou três horas tive de decidir entre começar uma vida completamente nova ou ficar e esperar que o meu filho nascesse. Mas o futebol é uma paixão.»

Draxler admitiu que o facto de o Benfica estar na Liga dos Campeões e, por isso, jogar habitualmente duas vezes por semana até bem perto do Mundial, pesou na decisão, até porque, apesar dos problemas físicos e do pouco tempo de jogo no PSG nos últimos tempos, ainda sonha com a presença no Qatar. «Não tenho muito tempo para mostrar o que valho, por isso agrada-me poder jogar a Liga dos Campeões quase todas as semanas», vincou, referindo que ainda não tinha tido tempo para procurar casa precisamente devido ao calendário competitivo muito intenso.

Contratualmente ligado ao PSG, Draxler imagina-se a regressar um dia ao Schalke 04, equipa na qual se formou e onde se deu a conhecer nos primeiro anos de futebol profissional. «Ainda falo com funcionários do clube e imagino-me a voltar. O Schalke é um clube que tenho no coração e vejo todos os jogos que posso e fico chateado se as coisas não correm bem.»