O treinador do Benfica, Roger Schmidt, reconheceu este sábado que há um «ponto de interrogação» sobre a continuidade do avançado Gonçalo Ramos para a época 2023/24, não deixando garantias sobre se o internacional português fica.

«Não tenho garantias (risos). Faz parte do Benfica e da filosofia do Benfica que às vezes percas jogadores de topo. Penso que na época passada conseguimos prevenir, mas claro que ainda há ainda um ponto de interrogação sobre se se mantém na próxima época. Se puder escolher, quero mantê-lo, mas sou realista e temos de preparar-nos: caso venha alguém, caso ele queira sair do Benfica e se para o clube estiver tudo bem com as condições, temos de aceitar que vamos perder um jogador, porque o mercado está aberto», disse Schmidt, na conferência de imprensa de antevisão ao jogo de pré-época com o Feyenoord (domingo, 15h00), em Roterdão.

O técnico alemão brincou depois um pouco ao falar do mercado na Arábia Saudita, mas garantindo que Ramos não irá rumar ao futebol daquele país. «Garantir estas coisas, enquanto o mercado está aberto, não é garantido, especialmente porque há um novo mercado na Arábia Saudita. O Gonçalo não vai para a Arábia Saudita, mas penso que todos os jogadores na Europa podem estar à venda, porque podem ganhar tanto dinheiro na Arábia Saudita, que não podes ter a certeza», concluiu.

Questionado sobre se gostaria de ter o futebolista português João Félix no plantel, Schmidt respondeu de imediato que esse seja um assunto «talvez discutido nos media» e no qual «não» tem «influência».

«Essas histórias para mim não são reais. Se um jogador deixa o Benfica por 120 milhões, como é que pode acontecer voltar ao fim de poucos anos? É praticamente impossível, do ponto de vista financeiro. Penso que o João Félix tem sido um jogador fantástico nos últimos anos. Claro que o seu desenvolvimento não foi como todos esperavam, porque ele tem potencial para tornar-se um jogador de topo. Não sei qual é o problema, mas neste momento não é um assunto para mim», assegurou.