O Benfica acumulou três jogos sem vencer e tem revelado problemas de eficácia na finalização. Roger Schmidt tem rodado a frente de ataque, mas continua sem encontrar uma situação semelhante à da época passada em que Gonçalo Ramos foi opção em quase todos os jogos.

«A época passada a situação era completamente diferente. Começamos com o Gonçalo [Ramos] como avançado centro e ele confirmou todas as semanas que era um bom jogador nessa posição, marcava golos, era um jogador muito completo do ponto de vista do comportamento tático. Por isso jogou quase toda a temporada como avançado», começou por enunciar o treinador em conferência de imprensa.

Uma situação bem diferente da atual em que o treinador tem alternado entre Tengstedt, Arthur Cabral ou mesmo nenhum dos dois. «Esta época a situação é completamente diferente, temos excelentes opções, mas os jogadores, neste momento, não estão a ser consistentes. Não estão a conseguir manter a sua posição ao longo de semana, meses, ao longo da época», referiu.

Os novos avançados estão ainda em período de adaptação, além disso, a maior quantidade de escolha permite ao treinador escolher o que achar melhor para cada jogo. «Todos estão a trabalhar arduamente, mas têm de melhorar, têm de desenvolver. São jogadores novos aqui no Benfica e, às vezes, precisam de tempo para se habituarem, para conseguirem jogar de outra maneira. A abordagem tática é um pouco diferente do que eles estão habituados, temos de encontrar a melhor abordagem para cada partida. Às vezes podemos manter os mesmos titulares ao longo de semanas, às vezes temos de fazer ajustes», acrescentou.

Apear de tudo, o treinador recorda que a equipa tem marcado muitos golos e deu como exemplo os jogos com o Vizela (6-1) e Portimonense (4-0). «Esta é a situação atual, mas já marcámos muitos golos. Na quinta-feira ou nos três últimos jogos não fomos tão eficazes, particularmente na quinta-feira acho que tivemos algumas dificuldades em criar oportunidades. Temos capacidade para marcar golos, recordo que há três semanas marcámos cinco golos ao Vizela na primeira parte e depois quatro contra o Portimonense em quinze minutos. O potencial existe, a capacidade está lá, no final não importa quem está a marcar, o que interessa é que estamos a vencer jogos. Esta é a nossa situação, todos os avançados têm de jogar de maneira consistente no Benfica», destacou ainda.