Nélson Veríssimo, treinador do Benfica, em declarações aos jornalistas após o jogo com o Gil Vicente para a 20.ª jornada da Liga:
«Pedir desculpas à BTV por não ter comparecido na flash, mas estivemos reunidos no balneário com o nosso presidente, que quis dizer-nos umas palavras.
Independentemente das oportunidades que tivemos para fazer golos, há que reconhecer que não estivemos bem. Perdemos em nossa casa e é o que fica. Não quero estar agora a escudar-me nas oportunidades de golo que tivemos. Acima de tudo reconhecer que equipa não esteve ao nível que era esperado e desejado.
Os jogadores têm capacidade para fazer muito mais e assumo a responsabilidade por essa falta de dinâmica e de controlo do jogo em muitos momentos.
Gosto de me focar no que é o jogo, mas é difícil explicarem-me porque é que aos 6 minutos temos um golo anulado. Porque é que existe o VAR? Hoje houve claramente uma falha. Se há VAR, então devemos deixar o lance seguir até final. Há um golo limpo que é anulado aos 6 minutos e que daria outra tranquilidade à equipa.
Foi o que depois aconteceu no lance do Gonçalo Ramos em que há um penálti, mas há fora de jogo e o árbitro deixou seguir o lance até ao fim.
Isso causa alguma revolta e intranquilidade nos jogadores.
Mas não estou a escudar-me nisso para o facto de não termos conseguido vencer o Gil Vicente. Os jogadores e os treinadores têm capacidade para dar a volta a esta situação.»
[Como se vê para o futuro?]
«Compreendemos a insatisfação dos sócios e temos de aceitá-la.
Temos de ter capacidade para dar a volta. Olhando para qualidade dos jogadores e para o que a equipa pode crescer em termos coletivos, sentimos que há margem para crescer.
Também já andei lá dentro e há situações durante as épocas, pelos resultados que não aparecem, sei que há momentos nas épocas em que a bola acaba por queimar.
A tranquilidade de que precisamos vai ser encontrada através dos resultados positivos. E é disso que andamos à procura.
Estou tranquilo quando ao resto. Sei que temos uma tarefa difícil, mas aliciante. Nunca fui de virar a cara à luta e estamos aqui para as próximas batalhas.»
[Que mensagem passou Rui Costa no balneário?]
«Quem passou por balneários, sabe que aquelas conversas ficam lá dentro daquelas quatro paredes. O presidente expressou as ideias que tem relativamente à equipa e temos de ouvir, aceitar e inevitavelmente temos de dar uma resposta. Nós: jogadores, treinadores e toda a estrutura.
Agora é apontar baterias para o próximo jogo com o Tondela, obviamente.»