O futebolista português Pizzi considerou, na despedida do Benfica, que apenas faltou a ficar para si e para o clube a conquista do pentacampeonato, sublinhando que todos os troféus e anos passados nos encarnados foram «muito especiais».

«Lembro-me de todos [ndr: os troféus], são muitos anos aqui. Foram todos muito especiais. Todos têm uma marca especial no meu coração. Ficou a faltar para mim e para o clube o pentacampeonato, mas no ano a seguir conseguimos dar a volta e conquistar o título e isso foi muito importante para o clube e para todas as pessoas envolvidas», afirmou Pizzi, em declarações aos canais do Benfica, na despedida antes de rumar ao Al Wahda.

Pizzi deixa o Benfica ao fim de quase uma década, com 360 jogos, 94 golos e dez títulos e diz que chegou «menino» e sai «um homem com muitos títulos, conquistas e alegrias».

«Quero agradecer a todas as pessoas envolvidas, que estiveram ao meu lado e que ajudaram a muitas conquistas e alegrias para o clube. Só tenho de agradecer a todas as pessoas envolvidas, ao clube, à estrutura e aos meus companheiros. Foram oito anos bons para mim e para o clube. O sentimento é mútuo, dei muito ao clube dentro de campo e o clube também sempre me ofereceu todas as condições para melhorar a cada dia», referiu, falando também dos números a nível pessoal e dos jogos marcantes que teve.

«É um registo [ndr: 360 jogos e 94 golos] que me deixa orgulhoso. Individualmente, é sempre bom fazer golos e assistências. Quando contribui para conquistas num grande clube como o Benfica, ainda melhor. Estou muito feliz pelo que fiz neste clube e pelo que conquistei. São números muito importantes e não habituais para um médio. Tenho vários jogos, podia destacar os que fomos campeões em casa. Contra o Nacional ou Vitória de Guimarães, o ambiente à volta e dentro foi inacreditável aqui no Estádio da Luz e o 5-0 na Supertaça frente ao Sporting, individualmente foi muito bom», considerou.

Por outro lado, Pizzi lembrou também Jonas e a simbiose perfeita que tinha com o ex-avançado do Benfica.

«Com Jonas em campo sentia-me quase como se estivéssemos a jogar com os nossos amigos no bairro, já tínhamos aquela ligação de jogar quase de olhos fechados, foi uma ligação muito boa. Era um craque no campo e fora do campo ainda era melhor. Fizemos golos, assistências, gostava muito de festejar golos com ele, tinha uma alegria cativante. O Jonas é um dos amigos para a vida», frisou, admitindo que «era muito difícil imaginar» que a sua «história» no Benfica «fosse escrita desta maneira, com tantos jogos e tantos títulos».