A rescisão do contrato de André Almeida, cuja ligação ao Benfica terminava no final da época, foi um dos temas abordados por Rui Costa na entrevista à BTV sobre o balanço do mercado.

O presidente das águias lembrou o contributo do lateral na década passada ao serviço do clube e deixou-lhe rasgados elogios.

«Deixo o André Almeida para o fim porque o André é um dos nossos. Esteve presente nos últimos 15 títulos do clube e merece todo o respeito de todos nós. Nem sempre foi compreendido, mas será sempre um dos nossos», começou por dizer.

Rui Costa lembrou a parca utilização de Almeida no último ano e meio, e explica que a rescisão feita antes do fecho do mercado permite ao jogador prosseguir a carreira no clube que quiser.

«Depois da lesão teve pouca utilização, este ano não teve nenhum minuto. Dando-lhe a rescisão no último dia de mercado, ele pode escolher um novo clube. A rescisão aconteceu para lhe dar a possibilidade de prosseguir a carreira», acrescentou.

Outra situação explicada pelo dirigente foi a venda de Brooks, jogador que tinha chegado no último dia do mercado de verão, mas numa situação particular.

«O Brooks chegou no último dia de mercado, quando o António não era o António, e tínhamos o Morato, o João Víctor e o Lucas Veríssimo lesionados. Na altura fomos buscá-lo porque só tínhamos o Otamendi e o António Silva para jogar a Liga dos Campeões. Precisávamos de precaver esta posição», contextualiza, deixando um agradecimento ao norte-americano.

«Estou muito grato à disponibilidade que ele mostrou, não teve a utilização que esperava porque o António agarrou o lugar e não o largou mais. E como dois meses depois, tínhamos seis centrais a trabalhar, não dava para continuar. Daí a chegada e saída pouco depois de entrar».

Rui Costa falou sobre os jogadores que foram emprestados, explicando caso a caso as cedências de Henrique Araújo, Paulo Bernardo, João Victor e Seferovic, mas com destaque para os jogadores formados no Seixal.

«Não queremos que nenhum jovem interrompa o seu crescimento. Todos os benfiquistas esperávamos mais utilização do Henrique Araújo. Mas a partir de um certo momento, voltar à equipa B já não é crescimento, é apenas rodagem.Tal como fizemos antes com o Florentino, às vezes preferimos que vão rodar parar conhecer outras realidades para voltar depois. Até o Rui Costa teve de passar por isso. O Florentino voltou como voltou e hoje é essencial na equipa. Foi isso que tentámos fazer com o Paulo Bernardo e o Henrique Araújo», introduziu.

«O Henrique é capaz de ser o empréstimo que mais preocupa os sócios, mas escolhemos um campeonato em que ele vai crescer muito, se conseguir manter a regularidade. O Paulo Bernardo vai estar a jogar no campeonato português», disse ainda.

Já distintas são as cedências de João Victor, contratado no início da época ao Corinthians, e Seferovic, que estava no Galatasaray e mudou para o Celta de Vigo.

«O João Victor vai para França porque ia ter poucas oportunidades para jogar e vai adaptar-se ao futebol europeu, com a clara intenção de voltar depois. O Seferovic é diferente, não estava a ter a utilização que queria na Turquia e agora vai para Espanha, onde esperamos que tenha mais utilização», resumiu.

[artigo atualizado]