Ricardo Paiva considera que o Boavista vai ter um desafio de «grande exigência» na receção ao Moreirense, jogo da 25.ª jornada da Liga que está marcado para as 18h00 deste sábado.

«O Moreirense é uma equipa extremamente perigosa nos ataques rápidos, que gosta de preparar o jogo atrás e convidar o adversário a pressionar alto para, depois, encontrar e explorar espaços na profundidade de uma forma muito objetiva. Além disso, tem médios que seguram a bola e jogam entre linhas com muita qualidade. Não esperamos um jogo fácil por essa capacidade de eles abordarem com firmeza uma ou outra toada ofensiva, mas estamos preparados para as duas situações», vincou o treinador na antevisão do jogo.

O Boavista quebrou na última jornada uma sequência de duas derrotas, ao empatar em Famalicão (1-1), com o técnico a apelar ao «rigor, compromisso, dedicação e empenho inegociáveis» da equipa do Bessa para voltar aos triunfos quatro jogos depois.

«A preparação desta partida foi centrada em nós. Sabemos que o Moreirense é a equipa revelação da prova para a maioria das pessoas, mas isso não será muito surpreendente para quem está por dentro, até porque eles têm trabalho feito, muitíssimos jogadores de enorme valor e soluções para cada posição. São a quarta melhor defesa e não sofreram golos em doze jornadas. Isso diz muito da organização que o Moreirense tem no momento defensivo e também da sua capacidade para marcar golos», caracterizou Ricardo Paiva.

As panteras efetivaram no jogo em Vila Nova de Famalicão a troca do habitual 4x2x3x1 pelo 3x4x3, estrutura que já tinha sido recuperada na segunda parte da goleada caseira consentida diante do Sp. Braga (0-4), da 23.ª jornada, e poderá ter continuidade.

«Agradou-me a atitude dos meus jogadores, devido à intensidade com que abordaram os lances e pela disponibilidade que mostraram até ao final. Se mantivermos essa postura amanhã [no sábado], estamos muito mais perto de conseguir os nossos objetivos», admitiu.

O extremo Luís Santos ressentiu-se de uma lesão na coxa esquerda no último embate e juntou-se a Luís Pires, César e Júlio Dabó no boletim clínico, enquanto o médio e capitão Sebastián Pérez completou uma série de nove cartões amarelos e vai cumprir um jogo de castigo.

«Somos agarrados ao trabalho e há sempre a missão diária de desenvolver cada jogador, de forma que eles possam estar o mais preparados possíveis para jogar e desempenhar aquilo que lhes é pedido. A ausência do Sebastián Pérez trará outro jogador para o meio-campo, que está preparado, vem neste registo de trabalho e será bem-sucedido», comentou.

Habitual parceiro do colombiano, o congolês Gaius Makouta perdeu a titularidade para o montenegrino Ilija Vukotić frente ao Famalicão e não saiu do banco de suplentes, numa altura da época em que é o terceiro atleta com mais minutos de utilização pelo Boavista.

«Em algumas situações, a decisão [sobre quem integra o onze inicial] é desempatada pelo trabalho, empenho e forma profissional diária deles. O Vukotić reúne características particulares, tal como o Miguel Reisinho, o Joel Silva e o Makouta, mas não vai ser essa questão a mudar a nossa forma de jogar e isso é que me importa», notou ainda Ricardo Paiva.