Carlos Brito, treinador do Rio Ave, e Leonardo Jardim, treinador do Beira-Mar, comentando na sala de imprensa o empate a uma bola, verificado esta tarde no Estádio dos Arcos, em Vila do Conde:

Carlos Brito (Rio Ave):

«Poderia dizer agora que poderíamos ter os mesmos quatro pontos de outra forma: se tivéssemos empatado na Naval tinha sido um bom resultado e ganhávamos hoje. Quando um jogo de futebol tem estas condições, dificilmente se assiste a um jogo de grande qualidade técnica. Parabéns aos meus jogadores pela entrega. Nesse sentido foi um bom jogo. Na primeira parte o Beira-Mar teve o vento a favor mas ainda conseguimos dividir o jogo. Na segunda parte estivemos praticamente sempre em cima deles. A equipa teve vontade de vencer e por isso dou os parabéns. E se alguém está à espera que vá dizer mal do Paulo Santos, desengane-se. Poderia ter tido outra abordagem no lance do golo do Beira-Mar, mas é como um avançado que falha um golo. Incluo-o nos meus parabéns. Fisicamente o Rio Ave esteve muito bem, atleticamente o Beira-Mar é mais forte. Com outra equipa, se calhar o Rio Ave tinha ganho.»

Sobre a arbitragem «Como por norma não falo dos árbitros, posso dizer-lhe que se fosse para dizer mal não diria, mesmo se tivesse sido prejudicado. Creio que os árbitros e os auxiliares portaram-se à altura. Não é fácil neste contexto ajuizar sempre bem. O lance em que o Wires cai na área? Não entro por aí.»

Leonardo Jardim (Beira-Mar):

«A satisfação dos profissionais de futebol é ganhar. Hoje não conseguimos, mas o empate deixa-nos sempre um pouco felizes, pois jogámos com um adversário directo, em casa dele, e conseguimos mais um ponto rumo ao nosso objectivo. Foi um jogo físico, em que as bolas paradas tiveram uma incidência grande, tal como as transições. Em termos técnicos, as duas equipas tiveram dificuldade em assentar, mas o que faltou em técnica existiu em luta e vontade. Acho que é um resultado justo, porque ninguém merecia sair derrotado, pelo empenho que as duas equipas tiveram.»

Sobre o lance do golo anulado: «É difícil de ajuizar do local onde estou. É do lado contrario, mas acredito que ninguém estava melhor que o fiscal de linha para decidir. Aceito a decisão porque tenho poucos elementos de avaliação