Enorme desilusão em Erevan, onde o Benfica foi novamente afastado da final Champions de futsal pelo Palma, desta vez no desempate por penáltis (3-4), depois de ter empatado 4-4 no final do prolongamento da primeira meia-final. A equipa de Mário Silva chegou a ter a final à vista, a vencer por 4-2 a três minutos do final, mas permitiu o empate ao detentor do título e acabou por cair na lotaria dos penáltis. Vinicius Rocha, que não tinha sido utilizado no jogo, entrou para marcar o penálti decisivo, mas falhou.

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Há um ano o Benfica perdeu por 4-3, em casa do Palma, mas desta vez, em Erevan, a equipa de Mário Silva entrou precavida, assumindo, desde logo, as rédeas do jogo, colocando muita agressividade no ataque à bola, com duas faltas cometidas logo a abrir o jogo, a deixar claro que os encarnados não estavam dispostos a desperdiçar nova oportunidade para voltar a discutir o título, o que já não acontecia desde 2010.

Um jogo muito intenso desde o primeiro minuto, com as duas equipas a darem tudo pela posse de bola, mas o primeiro golo, aos 6 minutos, surgiu num lance de bola parada, com Afonso Jesus, na marcação de um canto, a colocar na área, para a entrada de Lúcio Rocha que bateu Carlos Barrón pela primeira vez.

A vantagem dos encarnados durou, no entanto, menos de dois minutos, uma vez que o Palma empatou, aos 8, também de bola parada. Livre marcado em força por Villan Lourenço, com Gordillo, com classe, a desviar na área. Um golo que elevou a confiança dos espanhóis que, nos instantes seguintes, ameaçaram a reviravolta, com mais uma oportunidade clara de Gordillo.

No entanto, o Benfica, passo a passo, voltou a crescer no jogo e acabou por recuperar a vantagem, aos 10 minutos, no melhor lance da primeira parte. Um lance que contou com o contributo de quatro dos cinco jogadores do Benfica que estavam em campo. Léo Gugiel saiu a jogar da baliza, provocou desequilíbrio numérico, abrindo na esquerda para Silvestre Ferreira que, por sua vez, lança Afonso Jesus para a linha de fundo, com este a cruzar para a finalização fácil de Jacaré. Segunda assistência de Afonso Jesus e o Benfica novamente na frente.

Ainda faltavam quase dez minutos para o intervalo e o Benfica passou a gerir o jogo com mais tranquilidade, até porque já tinha quatro faltas.

Logo a abrir a segunda parte, o Benfica chegou ao terceiro golo, mais uma vez, com Afonso Jesus na jogada. O jogador do Benfica sofreu uma carga, mas Lúcio Rocha recuperou a bola e bateu Carlos Barrón pela terceira vez. A perder por uma diferença de dois golos, o Palma arriscou mais na frente e foi a altura de Léo Gugiel brilhar entre os postes, com uma série de defesas espetaculares. Os espanhóis trocaram depois de guarda-redes, com Luan Muller, antigo guarda-redes do Fundão, a trazer ainda mais contundência à forte reação dos espanhóis.

Benfica com final à vista

O risco do Palma acabou por trazer riscos, com Ernesto a ver dois cartões amarelos num espaço de cinco minutos e a receber ordem de expulsão. O Benfica não conseguiu, no entanto, tirar proveito da vantagem numérica e foi mesmo o Palma que reduziu a diferença, com uma bomba do antigo guarda-redes do Fundão. O Palma voltava a acreditar e carregou com tudo à procura do empate, abdicando inclusive do guarda-redes, para passar a jogar com cinco jogadores de campo.

Foi neste contexto que Lúcio Rocha chegou ao hat-trick, com um pontapé de baliza a baliza. Estava feito o 4-2 com pouco mais de três minutos de jogo pela frente. O Benfica demonstrava uma eficácia tremenda com quatro golos em seis remates enquadrados, enquanto o Palma tinha apenas dois num total de catorze remates à baliza de Gugiel.

O Benfica tinha, nesta altura, a final nas mãos, mas deitou tudo a perder nos últimos dois minutos. Marcelo reduziu a diferença e, já à entrada para o último minuto, Gordillo bisou e empatou. Um enorme balde de água fria para o Benfica que ficou a um minuto de regressar, pela primeira vez em catorze anos, a uma final.

No prolongamento de dez minutos, o Palma, agora com o apoio das bancadas, esteve quase sempre por cima, chegou a usufruir de um livre de dez metros [Rómulo, antigo jogador do Benfica, atirou para fora), mas o empate não se desfez.

Já no desempate por penáltis, depois das duas equipas terem marcado nos três primeiros oontapés, o Benfica falhou os dois últimos e ficou afastado da final. Vinicius Rocha, que não tinha sido utilizado por Mário Silva no decorrer do jogo, foi chamado para o pontapé decisivo, depois do Palma ter falhado o primeiro pontapé, mas também falhou.

O Benfica volta, assim, a ficar arredado do jogo decisivo, onde já não chega desde 2010, enquanto o Palma vai ter a possibilidade de defender o título, ficando agora a aguardar pelo desfecho do embate entre Sporting e Barcelona para saber com quem vai discutir o título no próximo domingo.

Acompanhe agora a segunda meia-final entre Sporting e Barcelona

Todos os golos do Benfica-Palma (4-4, 3-4, gp)