Deu Juventus e Cristiano Ronaldo. No reencontro com o Barcelona e com Leo Messi, o avançado português marcou dois golos em Camp Nou e a Juve garantiu o primeiro lugar no Grupo G da Liga dos Campeões, remetendo a equipa catalã para a segunda posição.

Ronaldo inaugurou a contagem na sequência de uma grande penalidade (muito forçada, diga-se), Weston McKennie ampliou a vantagem com um belo pontapé de moinho e Cristiano Ronaldo bisou já na segunda parte, novamente através de um castigo máximo (0-3).

Pelo meio, um Barcelona em claro fim de ciclo não fez mais do que esboçar uma reação pouco coordenada, com Messi a obrigar Buffon a algumas defesas e Ronaldo Koeman a demonstrar incapacidade para alterar o rumo dos acontecimentos.

O FILME DO JOGO

Aos 35 anos, Cristiano Ronaldo regressou a Barcelona para o que poderá ter sido a última dança (esperemos que não) com Lionel Messi, de 33 anos. Francisco Trincão foi igualmente titular na equipa da casa, mas esteve a pouco inspirado ao longo da primeira parte, tal como os restantes companheiros.

A Juventus, bem arrumada por Pirlo, nem precisou de fazer muito para chegar à vantagem. Ao minuto 13, Cristiano Ronaldo caiu na área em duelo com o uruguaio Ronald Araújo, que usou o corpo para discutir o lance. O árbitro assinalou um penálti duvidoso e Ronaldo, chamado à conversão, não deu hipóteses a Ter Stegen.

A defesa do Barcelona arrancava para uma noite horrível e viu McKennie marcar o segundo pouco depois (20m), após cruzamento de Cuadrado, com espaço na área. A responsabilidade não se esgota no último reduto, já que o norte-americano veio da entrada da área, sem qualquer acompanhamento por parte dos médios De Jong ou Pjanic.

Do outro lado do campo, Leo Messi esforçava-se para criar alguns embaraços, mas os jovens Trincão e Pedri pouco conseguiam fazer e Griezmann era uma grande sombra de si próprio.

Ao intervalo, Koeman trocou Francisco Trincão por Braithwaite, o Barça ainda ameaçou um pouco mais, mas demonstrava tremenda apatia no processo defensivo e a Juventus viria a marcar novamente, desta vez após uma mão clara de Lenglet, que escapou à expulsão. Ronaldo fez o seu segundo, o terceiro para a formação italiana (52m).

O que aconteceu depois prova que o Barcelona estava dividido entre tentar marcar e não sofrer mais golos. Ronald Koeman trocou três elementos da defesa por outros três, fazendo apenas uma alteração com verdadeiro impacto no jogo. O jovem Riqui Puig, que resistiu aos empurrões para a porta de saída do clube, entrou ao minuto 66 para dar outra dinâmica ao processo ofensivo catalão. Demasiado tarde e curto para uma equipa em fim de ciclo. Bonucci ainda fez o 0-4 ao minuto 76, aumentando a sensação de escândalo, mas o lance foi anulado por fora de jogo do defesa italiano.

No outro jogo do grupo, o Dínamo Kiev venceu o Ferencvaros por 1-0, na Ucrânia, com um golo de Popov, aos 60 minutos. A vitória permitiu ao Dínamo chegar aos quatro pontos e garantir o terceiro lugar do grupo, que dá acesso à Liga Europa. Os húngaros saem das provas europeias, tendo somado um ponto.