O futebolista congolês Chancel Mbemba apontou o trabalho como o sucesso para a sua época a nível individual, com contributo ao coletivo, no FC Porto de 2019/2020, com as conquistas da I Liga e da Taça de Portugal.

«Eu trabalho como um louco», afirmou o herói da final da Taça (bisou frente ao Benfica) em declarações ao canal Leopardsfoot, reproduzidas no domingo.

«Estes títulos foram importantes», acrescentou o jogador de 26 anos, que realizou 42 jogos e marcou seis golos pelo FC Porto, à segunda época no clube, tendo sido aposta mais regular do treinador Sérgio Conceição. Isto depois de, em 2018/2019, ter feito apenas oito jogos de azul e branco, dois deles na equipa B, além de ter-se lesionado logo na primeira pré-época nos dragões, em julho de 2018.

«No primeiro ano, não desejava apenas jogar oito jogos, mas quis Deus que eu me lesionasse. Mas continuei a trabalhar para ter a oportunidade de voltar ao relvado e o treinador deu-me a oportunidade. A concorrência foi difícil. Eu aproveitei as oportunidades que o treinador me deu e acabou a época, mas tive de fazer mais para enfrentar a segunda temporada», referiu Mbemba, acrescentando que foi a preparação e a competição no Campeonato Africano das Nações (CAN) de 2019 que lhe permitiu «fazer uma boa segunda época» no FC Porto.

Mbemba respondeu ainda à relação com o treinador Sérgio Conceição e à exigência deste.

«Conceição é como um pai. A relação é de treinador para os seus filhos. Se eu baixar o meu nível, as palavras podem mudar. Para que ele não mude as suas palavras, tenho de manter o meu nível constante», disse.

Com a lesão do espanhol Iván Marcano, Mbemba saltou em definitivo para primeira opção no centro da defesa, tendo feito dupla regular com Pepe, colega que elogiou pela aprendizagem e experiência assimiladas.

«Eu vi Pepe jogar pela televisão, quando eu ainda estava no Congo. É um orgulho jogar ao lado dele e estou a aprender muito. Quando brinco com ele, sinto-me bem. Motiva-me, é uma pessoa com a qual sempre se sonha jogar. Hoje jogo ao lado dele. É uma bênção que poucos podem ter. Eu converso com ele, não muito, mas ele dá-me conselhos quando estamos juntos», frisou.