Os preços dos combustíveis subiram 17,27 por cento no gasóleo e 7,35% nas gasolinas entre Janeiro e Maio deste ano, de acordo com os dados da Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

De acordo com a agência «Lusa», os dados relativos à evolução dos preços médios dos combustíveis apontam para uma subida de 17,27 por cento no gasóleo rodoviário, que passou de 1,205 euros o litro no início de Janeiro para 1,413 euros no final de Maio.

A gasolina sem chumbo 95 octanas subiu 7,35% ao passar de um preço médio de 1,387 euros por litro no inicio de Janeiro para 1,489 euros no final de Maio.

A gasolina sem chumbo 98 octanas registou a mesma evolução, dos 1,472 euros por litro no início de Janeiro para os 1,580 euros por litro no final de Maio.

A média dos preços em cinco meses ronda os 1,254 euros o litro no gasóleo, os 1,403 euros na gasolina sem chumbo 95 octanas e os 1,487 euros na gasolina sem chumbo 98 octanas.

Contestação multiplica-se

Os dados da DGEG demonstram ainda que os preços no início de Janeiro eram já superiores à média de preços registada no ano anterior.

Entre as seis maiores empresas no mercado, nos primeiros quatro meses do ano registaram-se 21 alterações nos preços da gasolina 95 e 25 alterações nos preços do gasóleo. Assim, o gasóleo subiu 17,27 % e gasolinas 7,35 % nos primeiros cinco meses do ano, segundo os dados da Autoridade da Concorrência (AdC).

A AdC refere também no seu relatório sobre o mercado dos combustíveis que o valor acumulado liquido das subidas dos preços variaram entre os 5 e os 7,7 cêntimos no caso da gasolina 95 e entre os 10 e os 13,5 cêntimos no caso do gasóleo.

O aumento do preço dos combustíveis está a causar forte contestação por parte de vários sectores económicos em Portugal e na Europa.

Depois da greve de seis dias dos pescadores, que afectou todo o país, está marcada para hoje ao fim da tarde uma marcha lenta de camiões, de empresas do centro e do norte do país, que ameaça entupir as entradas e saídas da cidade do Porto.

Um grupo de empresas de transporte de mercadorias convocou para segunda-feira uma paralisação em «vários pontos estratégicos», como portos, auto-estradas, estradas nacionais e refinarias, em protesto contra o repetido aumento dos preços dos combustíveis.

A Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) não está associada a esta greve, mas esta sexta-feira reivindicou a harmonização fiscal com Espanha.