Os mortos registados em dois meses nos Estados Unidos devido à covid-19 (58.365), ultrapassaram o númedo de soldados norte-americanos mortos na guerra do Vietname em duas décadas (58.220).

Segundo a última contagem efetuada na terça-feira pela universidade norte-americana Johns Hopkins, no total, 58.365 pessoas morreram devido infetados pelo SARS-CoV-2 no país mais afetado no planeta pela pandemia da covid-19.

O número de soldados dos Estados Unidos mortos na guerra do Vietname (1955-1975) totalizou 58.220, segundo o balanço oficial publicado pelo Arquivo Nacional daquele país.

Embora estes dois acontecimentos não tenham nada a ver um com o outro, este é o «limiar simbólico», pois a guerra do Vietname continua a ser «um dos maiores traumas» vividos pelos norte-americanos no século XX, realça a instituição.

Na terça-feira, os Estados Unidos ultrapassaram outra «barreira simbólica», tendo contabilizado mais de um milhão de casos diagnosticados com o novo coronavírus.

Este número de infetados pelo novo coronavírus representa cerca de um terço do total de casos registados em todo o mundo, segundo os dados divulgados pela mesma universidade.

Nas últimas 24 horas, os Estados Unidos registaram 2.207 mortos, o número de infetados subiu para 1.012.399 com cerca de 115 mil pessoas a serem dadas como recuperadas.

À medida que a pandemia alastra, a maioria dos estados norte-americanos emitiu legislação para a população ficar em casa, embora nos últimos dias alguns dos estados tenham começado a retomar as suas atividades.

Especificamente, na segunda-feira, nove estados reabriram em parte as suas atividades (Alasca, Colorado, Geórgia, Minnesota, Mississípi, Montana, Oklahoma, Carolina do Sul e Tennessee) e espera-se que, na próxima semana, outros oito aliviem as medidas de confinamento e de encerramento das atividades sociais e económicas, embora mantenham o distanciamento social.

Apesar de alguns estados estarem a reabrir as suas atividades, as medidas de distanciamento social nos Estados Unidos vão manter-se durante o verão, avisou Deborah Birch, médica coordenadora do grupo de trabalho sobre a pandemia da Casa Branca.