A Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, explicou o aumento de casos suspeitos no boletim diário epidemiológico com a «malha muito larga» do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para detetar casos de pessoas infetadas com a covid-19 em Portugal.

Entre o total de casos suspeitos e casos não confirmados, houve um aumento de quase 20 mil pessoas englobadas nas estatísticas do balanço da Direção-Geral da Saúde, esta segunda-feira.

«Relativamente ao total de caos suspeitos, neste momento utilizamos, no SNS, uma malha muito larga. Preferimos apanhar casos muitos que não sejam positivos do que deixar passar um positivo. O que temos tentado é: todas as pessoas que ligam para o SNS 24 e que apresentam sintomas, mesmo que ligeiros, entram para uma plataforma onde ficam como suspeitos. Depois são contactados por um médico, testados e a maior parte não dá positivo. É uma estratégia do país captar o máximo possível», afirmou Graça Freitas, na conferência de imprensa diária.

O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, detalhou também o destino dos 66 ventiladores que, no domingo, chegaram da China, para o combate à doença em Portugal.

«Três foram adquiridos pelas autarquias, 40 ficarão na região Norte e Centro e os outros 23 serão para Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve, de acordo com os critérios de distribuição», referiu Sales.

No domingo, a Ministra da Saúde, tinha dado conta da chegada de 65 ventiladores oriundos da China, menos um do que os detalhados esta manhã por António Lacerda Sales.

Sobre os testes em lares de idosos, Graça Freitas adiantou que há um plano assente em «testes de rastreio» que prevê que, pelo menos na zona Norte, «todos os lares tenham sido submetidos a rastreio profissional», isto é, aos profissionais de saúde que necessitam de entrar e sair das respetivas instalações para as deslocações entre trabalho e casa.

Como pode ler com mais pormenor na TVI24, Sales anunciou também que os 5 mil testes «mais rápidos» que vão chegar a Portugal vão ser efetuados em situações de emergência, como cirurgias ou gravidez.

Portugal registou, de acordo com o último boletim epidemiológico da DGS, mais 21 mortes e 657 casos.