Podia ser uma boa notícia, mas não é. A redução do número de pessoas a receber subsídio de desemprego não traduz uma melhoria do emprego, mas sim um aumento do número de desempregados sem prestação social, diz o «Diário de Notícias».

É o nível mais baixo desde Abril de 2003. No final do primeiro semestre deste ano, havia apenas 242,6 mil desempregados a receber subsídio. A tendência de quebra, que já vem de trás (desde Março de 2005), sofreu uma interrupção nos dois meses anteriores, mas em Junho os dados oficiais da Segurança Social dão conta de uma quebra acentuada (em cadeia e homóloga) de 8%, o dobro da ocorrida no mesmo período do ano anterior.

À primeira vista, parece uma boa notícia, mas não é. Isto porque esta redução do número de subsidiados não é precedida de uma diminuição do universo de desempregados. Pelo contrário. Se é verdade que o número de pessoas sem emprego inscritas no Instituto de Emprego e Formação Profissional também caiu na mesma proporção, também é reconhecido, de forma consensual, que este não é o melhor indicador do desemprego, dado que a inscrição não é obrigatória excepto para os desempregados que têm direito a receber subsídio.