«O saldo comercial negativo entre Portugal e a França no primeiro semestre de 2008 denota uma tendência para a estabilização, é uma questão conjuntural que teve a ver com a compra de aviões Airbus pela Tap», disse esta segunda-feira à agência «Lusa» o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa.
Bernard Chantrelle, líder a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa, entidade que vai anunciar terça-feira à noite, em Lisboa, os vencedores da 15ª Edição dos Troféus Luso-Francesa 2008, garantiu que o défice comercial de Portugal com a França «não foi fortemente afectado» pelo abrandamento económico francês.
O dirigente referiu ainda à «Lusa» que o ligeiro aumento do défice comercial com a França, excluindo a compra dos aviões Airbus pela TAP, se deveu a «um pequeno decréscimo» das exportações portuguesas.
«Esta ligeira diminuição teve a ver com a importação por Portugal de bens alimentares, mas a tendência de fundo da evolução da balança comercial é de estabilização», justificou.
As estatísticas francesas do comércio internacional apontam para a manutenção de Portugal no 15.º lugar como cliente na primeira metade de 2008 e situam-no na 20.ª posição como país fornecedor no mesmo período.
Os principais produtos exportados por Portugal para o mercado francês são o calçado, automóveis, componentes para veículos e diversos produtos tradicionais, caso do vinho do Porto.
Bernard Chantrelle destacou também o facto de as estatísticas portuguesas posicionarem a França como o terceiro cliente de Portugal e o país como o terceiro fornecedor francês.
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