Esta agência destina-se a prestar serviços às empresas e ao próprio Estado sobre os diversos países do mundo com os quais Portugal tem relacionamento, revelou Basílio Horta em entrevista à agência «Lusa».

A nova estrutura existirá dentro da própria agência de promoção portuguesa terá protocolos com universidades e escolas para estudar mercados e será um dos veículos para recursos financeiros, explicou.

Destinada a prestar serviços às empresas que pretendem obter informações sobre determinados mercados, oportunidades de investimento e a organização do próprio país ou território, Basílio Horta manifestou também o desejo de conseguir um protocolo com o Instituto Diplomático para dar formação aos diplomatas, «para que estes quando chegam aos postos conheçam claramente o mercado o para onde vão».

Na entrevista, Basílio Horta sublinhou o «rigor nas contas e excelência no serviço» da AICEP, apontando que a agência deve ser gerida como se em cada acto os seus responsáveis tivessem a seu lado «um inspector-geral de finanças e um juiz do Tribunal de Contas».

Basílio Horta acrescentou também que a AICEP vai elaborar o seu orçamento para apresentar ao Governo numa proposta que terá apenas o necessário.

O presidente da AICEP referiu, também, ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), que espera possa ajudar na promoção das empresas portuguesas, mas defende um acompanhamento sistemático dos investimentos do Estado no apoio às empresas e à sua promoção, bem como a concentração em acções promocionais de qualidade em detrimento da quantidade.

«É a imagem de Portugal. Se o país tem numa feira importante um stand que não dignifica a sua economia, é melhor não estar lá, e, se temos de fazer 10 iniciativas medianas, é melhor fazer cinco boas iniciativas em mercados prioritários», considerou.

Instado a comentar se a valorização do euro e a crise financeira americana prejudicam a economia portuguesa, Basílio Horta reconheceu apenas uma diminuição de 3,2 por cento das exportações para os Estados Unidos e zona dólar, ao mesmo tempo que as exportações globais cresciam 10 por cento e nenhum investimento previsto ficava por realizar.

E mesmo a quebra regista, explicou, ficou a dever-se a uma diminuição das exportações de produtos petrolíferos.