O treinador do Estoril, José Couceiro, em declarações após a vitória sobre o Panathinaikos, na Liga Europa 2014/15. Foi a primeira vez que os estorilistas ganharam na fase de grupos desta prova europeia:

«É evidente que estamos satisfeitos, por ser uma vitória, ainda para mais a primeira numa fase de grupos da Liga Europa. Quero dedicar aos jogadores e à claque que nunca nos abandonou. Foi um jogo em que nunca perdemos o controlo, tirando a parte final. Fomos mais eficazes na defesa do que temos sido. Depois marcámos e acabámos por ganhar justamente, frente a um clube histórico, com dimensão europeia. Temos 66 horas de recuperação agora e é importante darmos seguimento a esta vitória com outra em Barcelos, porque essa é a nossa prioridade. Agora, estamos satisfeitos.»

«Não sofrer golos é fundamental. Tenho dito isso. a equipa tem sido muito volátil do ponto de vista defensivo, temos cometido muitos erros. A equipa, sublinho a equipa. Não é a defesa ou os guarda-redes. Fomos mais eficazes desse ponto de vista. No ponto de vista ofensivo, tirando Eindhoven, marcámos em todos os jogos. Por isso, digo que é fundamental. A equipa melhorou nesse aspeto e é esse o caminho que temos de seguir. Com jogos tão próximos, corre-se o risco de ter de mudar muito. Houve sete jogadores diferentes a iniciar o jogo. Mas esse é o risco de quem anda neste nível.»

«As alterações? Sempre quis que o plantel tivesse competitividade. Não se trata de procurar um onze, mas sim de haver concorrência interna e os jogadores perceberem que isso os ajuda a crescer. Tem acontecido e a equipa tem ganho alternativas. Desde a posição de guarda-redes até aos avançados. Isso é muito bom para o Estoril porque temos ainda a Taça de Portugal e a Taça da Liga. Confio no grupo todo. Quanto ao Anderson Esiti, nenhum de nós tinha dúvidas que, quer com ele, quer com outros jogadores jovens do plantel, que o Anderson não surgiu mais cedo porque temos de ter o bom senso de não queimar jogadores. Temos de perceber quais os momentos em que podemos usar os jogadores. Estou muito contente com ele, como estou com outros. Eles vão crescer, podem não ter muita utilização, mas vão crescer. Agora, as coisas têm de ser feitas com tempo. Em relação ao talento e capacidade, não nos surpreendeu.»

«Se não foi risco maior lançá-lo na Liga Europa? Ele na semana passada esteve lesionado. É evidente que estas decisões têm de ser tomadas em algum momento. Não podemos andar o ano todo a adiá-las. Foi crescendo, foi tendo posicionamento melhor, mais dentro do que pretendemos. É um miúdo com uma atitude fantástica, está muito mais integrado e as potencialidades dele vêm ao de cima. O Estoril trouxe dois jogadores em cima do fecho de mercado. Tentamos fazer essa integração e os resultados iniciais não foram os que queríamos. Mas o grupo tem reagido a isso. É difícil, mas muitas vezes é-se obrigado a crescer mais rápido. Haverá sempre discussão. Não será a primeira vez que protejo um jogador e não será a primeira vez que lanço um jovem.»