A Reserva Federal norte-americana (Fed) reúne-se esta terça-feira para avaliar a política económica dos EUA, dois dias depois de ter intervido nos mercados para baixar as taxas de desconto, que se aplicam aos bancos de 3,5 por cento para 3,25 por cento.

Os analistas mantêm-se unânimes no que toca à decisão da Fed, ou seja, segundo a Bloomberg, 80% dos analistas esperam que a instituição monetária, presidida por Ben Bernanke, corte as taxas de juro em 1%, e que estas se situem nos 2%.

Desde o mês de Setembro, a Fed tem baixado as taxas de juro dos 5,25% para os 3%. Em Janeiro, a instituição levou a cabo o maior corte dos juros, quando os baixou em 75 pontos base até aos 3,5%.

Perante a decisão da Fed, que vai ser conhecida por volta das 19h15 de Lisboa, os mercados europeus abriram em alta devido aos dados económicos de segunda-feira e com a perspectiva de que os juros na maior economia do Mundo baixem entre 75 e 100 pontos face aos 3% actuais.

Recorde-se que esta segunda-feira foi um dia negro para as bolsas europeias que fecharam em forte queda. O PSI20 registou o pior desempenho desde Agosto de 2006 ao encerrar a sessão a derrapar 3,49%.

Alan Greenspan, antigo presidente da Fed, manifestou-se perante o cenário de crise e classificou-a como a «pior desde a II Guerra Mundial».

Após descalabro bolsas respiram de alívio

O crude segue, neste momento, a subir 1,12 dólares no mercado americano para 106,80 dólares por barril. O Brent, que serve de referência ao mercado europeu está a escalar 1,75 dólares para 103,50 por barril.

No mercado das divisas,o euro está a somar 0,61% para 1,5816 dólares, expectante com decisão da Fed.