A Euribor a três meses atingiu mesmo o valor mais alto desde dia 7 de Janeiro, nos 4,61%.
Sinais de que nem mesmo a acção concertada dos bancos centrais, que ainda esta semana decidiram efectuar uma injecção de liquidez nos mercados financeiros, chegam para travar o preço do dinheiro.
Além da taxa a três meses, também a Euribor a seis meses, a mais utilizada para indexar os contratos de crédito à habitação em Portugal, e a Euribor a 12 meses subiram, ambas para 4,59%.
O aumento das taxas de juro, quando os analistas apontam mesmo para uma descida das taxas do Banco Central Europeu (BCE) a partir de meados do ano, deve-se à crise financeira desencadeada pelo crédito de alto risco (subprime) nos EUA, que alastrou a outros sectores e que está a causar um abrandamento da economia mundial.
Com estas circunstâncias, vários bancos estão com maior dificuldade em financiar-se, o que se reflecte também num endurecimento dos critérios de concessão de crédito a outras empresas e particulares.
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