Quando Mario Gavranovic disparou para o fundo da baliza de Hugo Lloris, a Suíça escreveu uma das páginas mais belas da sua história no futebol. O avançado, habitual suplente de Seferovic, levou o jogo para o prolongamento e mais tarde tudo seria decidido nos penáltis. 'Au revoir', França. 

Gavranovic também marcou o seu penálti e mostrou que é aos 32 anos um avançado maduro, longe daquele adolescente problemático que tantos problemas criou aos treinadores. Alguns, como Thomas Tuchel, detestavam-no. 

Filho de pais croatas, Gavranovic cresceu no cantão suíço de Ticino, onde se fala italiano. Durante os dois anos que passou no Schalke o seu melhor amigo foi Manuel Neuer. Tem tatuada no braço direito a frase: «Acredito em Jesus Cristo.» O seu irmão mais novo é árbitro amador de futebol. No Mundial de 2014 no Brasil rompeu o ligamento cruzado num treino, sem jogar um minuto, e só voltou a representar a Suíça em março de 2018.

O avançado admite que, no início de carreira, era um jogador de cabeça quente e que cometeu «erros graves, reagindo mal e não controlando as emoções». Como aconteceu durante um empréstimo ao Mainz de Thomas Tuchel, em 2011/12. «É alguém que não tem respeito pelas outras pessoas. Nunca mais o quero ver na vida!», disse Gavranovic após o fim do empréstimo. Tuchel reagiu, dizendo que Gavranovic «era pior ainda como pessoa do que como jogador».

Este texto foi baseado no perfil de Mario Gavranovic que pode ler no dossier dedicado à seleção da Suíça, um dos vários conteúdos publicados no âmbito da Guardian Experts’ Network, a rede de meios de comunicação que tem o Maisfutebol como representante português, para partilha de informação relativa ao Euro 2020.