Cristiano Ronaldo não foi só o segundo melhor marcador do Euro 2016 e um dos melhores jogadores da prova, revelou ser também um líder de mão cheia. Tornaram-se virais, por exemplo, as imagens do capitão a gritar ordens do banco na final.

Em entrevista ao Maisfutebol, William Carvalho revela que todos os jogadores dentro de campo sentiram ter de dar um pouco mais na final após a lesão do capitão e respondeu a uma pergunta difícil: é mais difícil ouvir os gritos de Ronaldo ou de Jesus?

Quando viram o Ronaldo a sair na final, sentiram o peso?

Claro que sim, foi um momento difícil. Era o nosso capitão, o jogador mais experiente da seleção, a nossa bandeira. Mas a equipa reagiu bem, todos demos um pouco mais de nós para compensar a falta de Ronaldo e os colegas que entraram fizeram-no muito bem. Sabemos que com Ronaldo é mais fácil, ele pode decidir um jogo num segundo. Sem ele todos tivemos de dar um pouco mais.

Curiosamente depois de sair, ele foi para o banco...

Parecia o treinador.

Sim, não parou de gritar. O que me faz perguntar: é mais difícil ouvir os gritos do Ronaldo ou do Jorge Jesus?

[risos] Não há comparação. Eu nem ouvia o Ronaldo. Quer dizer, percebia que ele estava a gritar, mas nem o ouvia, porque estava completamente concentrado no jogo.

Portanto é mais fácil ouvir os gritos do Ronaldo, apesar de tudo...

[risos] É como disse: quando são gritos construtivos, de apoio, por muito que sejam altos, muitas vezes não ouvimos. Percebia que o Cristiano estava a gritar, percebia que o mister estava a dar indicações, mas estava tão focado que era como se não estivesse a ouvir...

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