Alan
Ao nosso lado, um jornalista romeno não parou de fazer perguntas sobre Alan, ao longo de toda a primeira parte. Surpreendeu-se por nunca ter ouvido falar do extremo portista, sem dúvida uma das melhores unidades dos dragões. Acutilante, beneficiou da inexperiência de Simone Fautario para abrir enormes brechas no flanco direito, obrigando César a auxiliar o lateral esquerdo. Delicioso lance em que, aos 29 minutos, tirou três adversários do caminho, antes de rematar com o pé esquerdo à baliza de Júlio César. Foi o único repetente no onze portista, e justificou a aposta.
Ibson
Regresso feliz, no plano individual, do médio brasileiro, depois da lesão contraída frente à AS Roma, no jogo de apresentação do F.C. Porto aos sócios. Pedra de toque do futebol portista, acrescentou qualidade a um sector intermediário deficitário nesse aspecto. Procurou empurrar a equipa para a frente, mas não conseguiu multiplicar-se e surgir na área contrária, onde faltou gente com arte e engenho para abanar as redes contrárias. Reclama um lugar no onze de Co Adriaanse.
Adriano
Um golo feliz, participação no lance que resultou na bicicleta de Marek Cech e pouco mais. Não foi o Adriano da segunda volta da Liga 2006/07, mas fez o que se pede a um ponta-de-lança, à enésima tentativa
Vieirinha, Anderson e Marek Cech
Contribuíram para o assédio final do F.C. Porto à baliza contrária e acabaram por colocar a sua marca na redução da desvantagem. Vieirinha efectuou o cruzamento para o cabeceamento certeiro de Adriano, voltando a deixar boas indicações, Anderson acrescentou irreverência ao sector atacante e participou no lance mais bonito do encontro, quando Marek Cech pintou com cores alegres a despedida cinzenta dos dragões, com um pontapé de bicicleta indefensável para Júlio César.
Obafemi Martins
Dois golos para um jovem avançado com nome português mas repleto de magia africana. Destaque para o gesto técnico que permitiu a Martins receber uma bola bombeada e, na passada, rematar por debaixo do corpo de Vítor Baía. Veloz, com enorme poder físico, viria a aproveitar novo espaço na área contrária para colocar-se na frente da lista de melhores marcadores do Torneio de Amesterdão.
David Pizarro
Bom jogador do normalmente discreto médio chileno. Teve maior liberdade, em relação ao que sucede habitualmente no Inter de Milão, e apareceu com regularidade nas imediações da área portista. Marcou o primeiro golo, em tudo igual ao apontado por Scholes na véspera, e esteve na origem do lance do terceiro golo, apontado por Martins. Nota extremamente positiva em apenas 45 minutos.