O novo FC Porto de José Peseiro está negativamente marcado por dois fatores que estarão interligados: a falta de soluções no plantel para o eixo defensivo e o facto de a equipa sofrer muitos golos, sobretudo nos momentos iniciais dos jogos.

Na conferência de imprensa desta tarde no Dragão, que serviu de antevisão do jogo diante do Belenenses, amanhã (19h15), da jornada 24 da Liga, o técnico portista disse não estar preocupado com a falta de alternativas no setor mais recuado.

Apesar de desvalorizar o tema, há que sublinhar que o FC Porto teve disponível apenas um defesa-central de raiz nas duas mãos da eliminatória da Liga Europa frente ao Borussia Dortmund e para a Liga depende do jovem nigeriano da equipa B Chidozie para fazer dupla agora com Marcano, já que Indi não recuperou da lesão.

«Lesões e castigos são normais em todos os clubes. Temos recursos suficientes e acredito neles. Frente ao Dortmund, que é uma equipa poderosa no ataque, mesmo jogando com alterações na defesa, aqui (no Dragão) não sofremos nenhum golo legal... Não estou preocupado. Se sofremos um golo que nem golo foi contra o Dortmund é sinal que o processo defensivo funcionou», afirmou José Peseiro, abordando ainda a questão da permeabilidade defensiva.

Nos nove jogos em que Peseiro orientou o FC Porto, a equipa entrou a perder em sete. Um fator que não preocupa o técnico: «Sabemos o caminho que estamos a fazer. A densidade de competições, o menor tempo para treinar, as lesões e os castigos podem perturbar o processo de aumento de consistência da equipa. Queremos colmatar as carências e modificar algumas posições. Vamos trabalhar para isso e vamos apelar à organização, solidariedade e espírito de sacrifício e de união do grupo.»