O documentário «Senhor Presidente: o campeonato de uma vida», que conta a história de 42 anos de Pinto da Costa na liderança do FC Porto, estreou esta sexta-feira, na plataforma de streaming Prime Vídeo. 

Na apresentação, que decorreu na Fundação Serralves, estiveram várias figuras do desporto nacional, mas também da política e outras áreas da sociedade. O treinador Sérgio Conceição não esteve na cerimónia, assim como André Villas-Boas, mas António Salvador, Pedro Proença, João Soares, Manuel Pizarro, Valentim Loureiro e Jorge Mendes foram alguns dos presentes.

Ainda assim, Pinto da Costa destacou Ramalho Eanes, antigo presidente da República.

«Fiquei extremamente sensibilizado com a vinda do presidente Ramalho Eanes que veio propositadamente de Lisboa para estar aqui. Não contava. Fiquei admirado, porque os convites não foram feitos por mim. Convidaram todos aqueles que falaram no documentário. O presidente Ramalho Eanes tinha um compromisso e adiou. Isto não pode deixar de me sensibilizar», assumiu.

O documentário conta com vários testemunhos, como o de António Oliveira - que critica quem quer candidatar-se à presidência -, José Mourinho, Vítor Baía, Paulo Futre, Madjer, Villas-Boas, entre outras personalidades, inclusive a família do presidente do FC Porto.

No excerto apresentado esta sexta-feira, Pinto da Costa aparece a declamar poesia e até cantar fado, entre outros momentos intimistas.

O presidente do FC Porto foi aplaudido de pé numa sala cheia e discursou emocionado.

«Nunca esperei estar 42 anos à frente do FC Porto. A minha mãe tinha razão, era o meu destino. E só Deus sabe e, se calhar, ela também, quando esse destino me levará para outros meios. Enquanto cá estiver, eu continuarei a lutar para que o FC Porto seja aquilo que tem sido nos últimos 40 anos. Um clube dos sócios, um clube dos amigos, um clube de vitórias, um clube que pensa, sobretudo, em honrar a nossa cidade e o nosso país. É um momento difícil, mas, para mim, não há momentos difíceis, há momentos em que nos devemos entregar de alma e coração e outros em que devemos abdicar. Mas eu não vou abdicar, eu vou lutar para poder ser útil ao FC Porto, para dar alegrias aos sócios, sobretudo os que têm a vida mais desfavorecida, aos sócios anónimos, para que possamos ter muitas e muitas vitórias», afirmou.