O treinador do FC Porto prometera falar sobre as críticas que lhe foram feitas depois do Clássico, em relação às opções tomadas na equipa inicial e nas substituições feitas. Assim fez.

O técnico disse, sobretudo, que quem analisa não tem em sua posse todas as informações que devia e que há sempre pormenores que não chegam ao espaço público.  

«Cada um pode opinar como quer. Alguns são arrastados por outras opiniões. O que me importa é o que fazemos, o conhecimento em termos estratégicos. Muitas vezes vocês não sabem de situações que se passam cá dentro. Um jornalista que analisa não pode estar cego a olhar para a bola, deve ter um olhar periférico para o jogo», começou por referir o treinador do FC Porto, antes de avançar para o jogo com a Roma e para as saídas de Corona e Soares durante o jogo.

«Um exemplo. No último jogo [Roma] ouvi dizer que mexi mal na equipa. Está tudo maluco? Acham que ia tirar o Corona, que fez uma assistência para um golo e esteve noutro, ou o Soares, marcador do primeiro, porque quis? Nada está pré-definido. Vocês não sabem mas o Corona foi infiltrado para poder jogar e ao intervalo levou uma anestesia local no pé. O Tiquinho fez-me sinal também para sair. Não podem escrever coisas que são barbaridades. Contra o Benfica, uma entrada do Samaris sobre o Corona deixou-o limitado.»

A aposta em Manafá e Adrián nesse Clássico mereceu também uma explicação detalhada.

«Nos três jogos antes do Clássico sofremos zero golos. Zero golos! E o Manafa foi elogiado por toda a gente, já para não falar que o atleta que estava a jogar nessa posição [Militão] teve o comportamento que teve uma semana antes. O Adrián dava-me mais garantias, com a mobilidade e o posicionamento. O Tiquinho dá-me outras coisas. A opinião é normal, mas têm de perceber o porquê das coisas.»

Sérgio fez questão de defender o seu trabalho e o trabalho da equipa técnica do FC Porto.

«Dentro do que é o trabalho diário, acho que a equipa técnica tem mostrado que é minimamente competente. Alguém quer ganhar mais do que eu? Cometo erros, claro. O Adrián não resultou? Até sair, o que vi foi muito positivo. E o Manafá, o que vi dele até ao Benfica, foi muito positivo também.»