Filipe Froes e António Diniz, dois conceituados médicos pneumologistas, reforçaram a «task force» da Liga de Clubes que está a preparar a retoma das competições. Os dois especialistas dizem que ainda não há no horizonte uma data para um hipotético recomeço, mas estão a trabalhar, em conjunto com os clubes, para que o regresso seja feito dentro da normalidade possível. 

Filipe Froes é Coordenador Assistente Hospitalar graduado de Pneumologia e Medicina Intensiva no Hospital Pulido Valente, tem o Doutoramento em Saúde Pública, é Coordenador do Gabinete de Crise da Ordem dos Médicos e membro da «task force» da Direção Geral de Saúde (DGS) – COVID-19, equipa onde está também o pneumologista e infeciologista António Diniz, também ele membro do Gabinete de Crise da Ordem dos Médicos e Coordenador da Unidade de Imunodeficiência do Hospital Pulido Valente.

«É um prazer começar a estudar com a Liga Portugal este plano de preparação, mas não há data prevista para o reinício. Essa é uma situação condicionada pela evolução epidemiológica nacional e internacional e estará sempre condicionada pelo calendário governamental», diz Filipe Froes em conversa publicada no site da Liga, acrescentando que a «análise será quase diária».

O reinício das competições será feito com todos os cuidados e princípio claros de segurança que vão incluir testes para todos os jogadores. «Isso era uma característica obrigatória. O futebol pressupõe um contacto próximo e isso leva a que os testes devam ser feitos. Em circunstância alguma os testes podiam ser retirados do Serviço Nacional de Saúde. Será um lote extra de testes que a Liga e os Clubes vão encomendar, sem prejudicar os restantes utentes», explicou.

Os dois especialistas estiveram presentes na última reunião da Comissão Permanente de Calendários e tiveram a oportunidade de falar com os médicos dos clubes. «Todos teremos um período que, necessariamente, vamos voltar à ação com normalidade. Depois da covid-19 teremos, certamente, alguns ensinamentos e um deles é que temos todos de saber crescer com esta pandemia», comentou ainda Filipe Froes.