A publicitação dos devedores, de 31 de Julho de 2006 a 26 de Julho de 2007, permitiu ao Fisco cobrar 157 milhões de euros e retirar da lista cerca de 570 nomes.
Dos 157 milhões arrecadados, a maior parte, na ordem dos 118 milhões, foi recuperada antes do nome dos contribuintes ser publicado, ou seja, durante a fase de audição e exercício dos direitos.
Apenas 37,9 milhões de euros foram cobrados já depois de os sujeitos verem o seu nome na Internet, apurou o JN junto do Ministério das Finanças.
Para o aumento das listagens muito contribuiu o alargamento dos critérios que entraram em vigor no início do ano, através dos quais passaram a ser incluídos sujeitos passivos com dívidas superiores a 25 mil euros, no caso dos singulares, ou a 50 mil euros, para contribuintes colectivos.
Até aí, o patamar era um pouco mais leve só ia para a lista quem devia mais de 50 mil euros (singulares) ou 100 mil euros (empresas).
Feitas as contas, num ano, a lista cresceu quase 15 vezes, ganhando 3966 contribuintes.
Desde 12 de Fevereiro, ou seja, quando foram actualizados os números decorrentes da aplicação dos novos limites, a lista conquistou mais 2839 contribuintes, uma referência muito acima do então registado (que foi de 1415).
Por tipo de contribuintes, verifica-se que o número mais expressivo é o dos singulares, cujas listas totalizam 2575 nomes. Como seria de esperar, o maior número de indivíduos deve ao Fisco entre 25 mil e 100 mil euros (1789 sujeitos), havendo apenas 52 com dívidas superiores a um milhão de euros.
Todos os escalões foram engrossados com mais contribuintes face a Fevereiro, sendo de salientar a inclusão de vários estrangeiros.
No caso das empresas faltosas, são agora 1679, contra as 49 de há um ano, ou contra as 521 apuradas em Fevereiro. Dito de outra maneira, a lista recente (actualizada no dia 30 de Julho), tinha mais 1630 face à primeira lista, ou mais 1158, em relação a Fevereiro.
Também nas empresas, é no escalão das dívidas mais baixas onde está o maior número 1279 devem entre 50 mil e 250 mil euros, como a Air Luxor, a Casa Batalha e a Vila Azul.
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