Recorde-se que, na passada sexta-feira, a entidade liderada por Augusto Cymbron, deu o prazo até esta terça-feira para as petrolíferas baixarem os actuais valores, mas o que é certo é que, até ao momento, não se verificou qualquer redução.
«Aguardo até ao final do dia para ver se vai haver ou não novidades nesta matéria. Caso contrário avançamos com uma carta junto da Autoridade da Concorrência», garante.
Cymbron admite, no entanto, que «os preços não possam baixar exactamente para o mesmo valor de Janeiro, porque nessa altura o dólar estava muito mais fraco do que agora. Mas tem de haver uma forte aproximação».
Galp é que fixa preços
O presidente da Anarec mostra-se ainda surpreendido com as declarações do presidente da Galp, Ferreira de Oliveira, ao referir que a petrolífera portuguesa «não tem o poder de definir preços» e que estes são fixados pelos mercados internacionais.
«A Galp não tem capacidade? Então é a empresa que tem vindo a subir os preços», questiona Cymbron, acrescentando ainda que «mesmo se fossem os mercados internacionais a fixarem os preços, estes estão a reduzir os valores, logo as petrolíferas nacionais teriam de baixar», conclui.
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