Ferreira de Oliveira, que falava durante a cerimónia de comemoração dos 30 anos da refinaria de Sines, afirmou que a Galp não tem detém o monopólio da refinação no país, como é frequentemente referido, argumentando que apesar das refinarias se situarem em Portugal operam «no espaço global», avança a «Lusa».
Ferreira de Oliveira explicou que os preços dos produtos refinados (gasolina e gasóleo) não são definidos pela Galp, mas sim pelos mercados de referência no noroeste da Europa e do Mediterrâneo.
«A Galp não tem o poder de definir preços. Compramos os produtos a preços internacionais e depois vendemos os refinados a preços também definidos pelo mercado», frisou.
Quanto à formação do preço dos combustíveis Ferreira de Oliveira explicou também que são determinados pelos mercados internacionais e não pela Galp Energia.
«Não somos formadores de preços»
«Somos tomadores de preços e não formadores de preços», afirmou.
Sobre a correlação entre a variação dos preços do petróleo e a formação dos preços dos combustíveis, o presidente executivo da Galp disse que «não é directa, nem óbvia, embora haja uma ligação entre ambas».
«Poder haver circunstâncias em que o crude sobe e os produtos (gasolina e gasóleo) descem e vice-versa e isso acontece muitas vezes», explicou.
«Essa variação não é definida pela empresa mas sim pelas forças competitivas do mercado», disse.
Ferreira de Oliveira explicou ainda que existem várias variáveis na formação dos preços dos combustíveis, sendo uma delas o câmbio euro/dólar.
«Neste momento, a subida do dólar está a neutralizar a descida do crude», justificou.
«O facto de o preço do petróleo baixar, cria condições para baixar os preços, mas não é uma consequência directa», concluiu.
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