A inquietação ao ouvir os portugueses queixarem-se constantemente da pátria que os viu nascer, levou Virgílio Castelo a aventurar-se naquele que é o primeiro romance da sua autoria. O actor concretizou um sonho e, acima de tudo, um objectivo: demonstrar que afinal o nosso país não é tão mau como o pintam.<br/><br/>O <b>Moda e Social</b> esteve à conversa com o actual conselheiro de ficção da SIC e «navegou», juntamente com o estreante autor, por entre as páginas que fez nascer em «O Último Navegador».<br/><br/>As palavras parecem ser agora amigas íntimas de Virgílio Castelo, uma relação que teve o seu clímax há 8 anos atrás. «Em 2000 encontrei a estrutura narrativa do romance, descobri como havia de contar as coisas. Tinha a ideia de falar de Portugal, num romance que fosse uma narrativa acessível a muita gente», recordou o actor.<br/><br/><a href="http://www.videos.iol.pt/consola.php?projecto=257&mul_id=12321880&tipo_conteudo=1&tipo=2&referer=1" target="blank"><b>Veja aqui a entrevista vídeo com Virgílio Castelo</a></b> <br/><br/>Benjamim é um homem amargurado que partilha com Rosa, uma jovem psiquiatra que se torna o seu porto de abrigo, o novo Portugal que só ele viveu. <br/><br/>Após uma guerra civil em 2014, que provocou a morte a milhares de portugueses, volta a nascer uma monarquia em Portugal, assente num nova capital, a Lusitânia. Neste novo sistema político tudo funciona na perfeição. A justiça, a saúde e a economia.<br/><br/>«O Benjamim é a figura que encontrei para falar desta mudança. É pelo facto dele ter uma formação em história e um enorme sofrimento pessoal que o leva a uma realidade que permite tornar verosímil o Portugal que ele conta aos leitores», refere Virgílio Castelo.<br/><br/>Na ressaca da edição do seu primeiro romance, o actor acabou recentemente de fazer um filme com Joaquim Leitão e no início do ano vai protagonizar uma peça de teatro, intitulada «O Libertino». Entre os seus próximos projectos está também uma participação na nova novela da SIC.