O F.C. Porto deseja ir até às «últimas instâncias» no processo relacionado com a multa aplicada pela Liga a Capucho. Aliás, Pinto da Costa disse hoje que «se for necessário» o clube vai «recorrer à Polícia Judiciária ou, se for necessária, às instâncias internacionais para resolver o assunto». 

O líder portista continua sem entender a razão da multa de 640 contos ao jogador. «Não aceito que venham dizer que os clubes é que aprovaram os regulamentos, pois este caso nada tem a ver com o processo. Não é verdade que o jogador se tenha recusado a falar, pois o próprio Fernando Santos teve à espera e falou. A partir de agora e enquanto estiverem no activo os actuis órgãos da Liga, do F.C. Porto mais ninguém vai servir de testemunha em processos, pois bastou que o segundo delegado e uma operadora da SIC tenham mentido para que o Capucho fosse multado. Assim não vale a pena ir lá». 

Sem descansar, assegura que vai recorrer ao Conselho de Justiça da Federação e «pedir a intervenção da Polícia Judiciária», dado que «será possível provar que o jogador não podia esperar mais tempo».  

Apesar de bastante crítico, Pinto da Costa continua a acreditar em Valentim Loureiro como presidente da Liga, por isso decidiu esclarecer hoje que quando exigiu eleições antecipadas não era para retirar o actual líder, mas para alterar outros elementos. 

«Não tem nada a ver com Valentim Loureiro. Aliás, esta nem sequer é uma situação nova, pois já tem sido falado nas reuniões do G-18. O próprio Major sabe que o desejo dos clubes é solicitar eleições antecipadas, mas com Valentim Loureiro como candidato. A mudança deve ser efectuada em todos os órgãos menos na Assembleia Geral», referiu o presidente do F.C. Porto. 

Novo mandato até 2004 

O F.C. Porto não vai mudar de presidente, pois Pinto da Costa aceitou continuar por mais três anos, o que o vai levar a completar 22 anos à frente do clube. 

«É importante continuar, porque há projectos importantes que devem ser seguidos com atenção pelo clube, pois a SAD tem, neste aspecto, uma importância mínima. O Estádio e toda a zona envolvente da nova cidade das Antas são projectos decisivos para o crescimento do clube, pelo que é importante continuar por mais três anos», referiu Pinto da Costa.