Marcos António, jogador do F.C. Porto emprestado ao Gil Vicente, não vai poder alinhar no domingo frente aos «dragões». Foi exactamente isso que António Fiúza, presidente do Gil Vicente, adiantou ao Maisfutebol: «O Marcos António não vai jogar contra o F.C. Porto».
No início da época os dois clubes acertaram, num compromisso verbal, que o central não poderia defrontar o F.C. Porto. Mas um dos objectivos do presidente gilista era entrar em contacto com Pinto da Costa e tentar alterar o acordo. O pedido nunca chegou a ser feito.
António Fiúza explica porquê: «Nós temos um acordo de cavalheiros com o presidente Pinto da Costa e com a SAD portista que não vai ser quebrado». Até para defender os interesses do atleta: «Se Marcos António jogasse e se houvesse algum deslize, como por exemplo um auto-golo ou uma grande penalidade, iria criar-se muita polémica. As pessoas poderiam pensar outras coisas. Iriam pensar que é tudo feito», acrescentou.
«O futebol português está fértil neste tipo de situações», explica dando os exemplos dos casos do «Apito Dourado» e do Fisco. «Não queremos contribuir para isso», diz.

Jogador não ficou contente
Os compromissos são, para o presidente gilista, «para cumprir». Nem que sejam verbais. Por isso é que o pedido nunca chegou a passar de uma «ideia». Mais: é necessário preservar o jogador. «Não chegamos a fazer o pedido para preservar o Marcos António porque é um profissional a cem por cento. Também não queríamos que o jogador tivesse uma infelicidade e depois fosse criticado injustamente», rematou Fiúza.
Quem não ficou satisfeito foi o jogador. «Não, contente não estou. Queria ajudar a equipa e dar o meu melhor, mas é preciso cumprir os acordos que foram feitos no início da época», confessou.
Quanto ao jogo do Dragão, o jogador brasileiro de 21 anos sublinha que «não vai ser fácil» e que uma vitória é o ideal para o clube. Parco em palavras acrescentou que a equipa está «moralizada» para a partida e que o objectivo é vencer.