Ricardo Soares, treinador do Gil Vicente, quer ver a sua equipa «impor» o seu futebol e vencer na deslocação de quarta-feira à Madeira, para defrontar o Marítimo, na abertura da 31.ª jornada da Liga.

Apesar de ter perdido o último jogo fora de casa, diante do Belenenses (2-1), a formação de Barcelos venceu os três jogos anteriores - Vitória de Guimarães (4-2), Rio Ave (2-0) e Benfica (2-1) - querendo dar continuidade a essa tendência recente na Madeira.

«Nos quatro últimos jogos fora, ganhámos três, marcámos em quatro. Sinto a equipa bem e vamos à Madeira para conquistar pontos. Queremos impor o nosso jogo. Ao impormos o nosso jogo, estamos mais próximos do nosso objetivo, que é vencer», realçou o técnico gilista, na antevisão ao jogo agendado para as 19h00, no Funchal.

Apesar dos números recentes serem melhores fora do que em casa, condição na qual os galos somaram quatro pontos nos últimos quatro desafios, Ricardo Soares considerou que a «qualidade de jogo» do seu grupo é idêntica «independentemente do adversário» e do local onde se desenrola o jogo.

Com dois conjuntos na luta pela manutenção, já que os insulares ocupam o 12.º lugar, com 33 pontos, e os minhotos o 13.º, com 32, o duelo é, na perspetiva do líder gilista, «decisivo» para as aspirações da sua equipa neste campeonato.

«Todo o próximo jogo é decisivo para nós. Já era assim há cinco ou seis jogos. À medida que vamos caminhando para o final, há um conjunto de várias equipas separadas por poucos pontos [na luta pela manutenção]. O jogo é decisivo, porque queremos conquistar pontos», esclareceu.

O treinador reconheceu ainda que o Gil Vicente, na quarta-feira, vai encontrar uma «equipa moralizada» pela «recuperação dos últimos jogos», consumada com três vitórias consecutivas pela «margem mínima», o que, a seu ver, demonstra um opositor «eficaz a defender».

Mesmo com os sucessos em reduto alheio, o Gil Vicente tem um ponto conquistado nas últimas três partidas e um golo marcado, precisamente com o Belenenses, mas Ricardo Soares frisou que, por vezes, é difícil explicar a ineficácia, valorizando as bolas aos ferros nos últimos jogos e a «capacidade para se criarem situações de finalização».

Sem esclarecer se o avançado Pedro Marques está apto para o duelo com os madeirenses, após se ter lesionado na receção ao Farense (0-0), o treinador justificou ainda a aposta recente de Vítor Carvalho na posição mais recuada do meio campo, com o que oferece na capacidade de «preenchimento dos espaços», na «intensidade» e até na estatura, para a disputa de bolas aéreas.

O treinador aproveitou também a ocasião para felicitar o Gil Vicente, emblema fundado a 3 de maio de 1924, pelo 97.º aniversário. «Que continue com esta força e com esta saúde por muitos e longos anos. É um clube que faz falta ao futebol, que privilegia os valores humanos. Que continue com esta forma de estar», disse ainda.