Ivan Gazidis, dirigente do Arsenal, propôs em entrevista The Guardian a adopção de um tecto salarial para os clubes da Premier League. Gazidis, ex-comissário da Major Soccer League americana, defendeu repetidas vezes as virtudes das «finanças auto-sustentáveis» do Arsenal.
O dirigente entende que a política de tecto salarial encoraja a estabilidade financeira dos clubes e estimula a competitividade do campeonato. Gazidis sublinhou que a maioria das equipas inglesas não produz lucros, apesar das entradas recorde de fundos, e antecipa que os salários dos jogadores cresçam progressivamente ao ponto de ameaçarem ainda mais a estabilidade dos emblemas ingleses.
«Os clubes têm o dever de providenciar mais estabilidade ao nosso modelo de negócio e algum tipo de restrição salarial é um elemento que vale a pena olhar», defendeu Gaizidis, que deu como exemplos os tectos salariais nas ligas americanas de beisebol e futebol americano.
O dirigente confessou ainda ser adepto do modelo financeiro da Bundesliga: «É a única lucrativa». O campeonato alemão impõe várias restrições como o controlo das dívidas de cada clube.
Na Premier League, vários clubes são detidos total ou parcialmente por indivíduos ou grupos multimilionários estrangeiros, incluindo Manchester City, Arsenal, Manchester United, Chelsea e Liverpool. Apesar disso, a ideia do tecto salarial nunca recolheu grande simpatia em Inglaterra.