Continua patente a irregularidade do Chelsea nesta fase da temporada. A equipa de José Mourinho foi envergonhada, nesta quarta-feira, pelo sexto classificado da League Two (o quarto escalão do futebol inglês) que no seu campo conseguiu um empate (1-1) na primeira mão da meia-final da Taça da Liga. A equipa que fez sensação chama-se Wycombe e tem na baliza um português. Ricardo Baptista.
Mesmo tendo em conta que os «blues» têm tudo a seu favor para decidir a eliminatória a seu favor e mesmo descontando o facto de que o Chelsea estava muito desfalcado, em especial no sector defensivo, o empate deixa sabor amargo a Mourinho, numa altura em que a contestação por parte dos adeptos e dos media britânicos vêm subindo de tom.
Poupando Drogba e Shevchenko e deixando Lampard no banco, o adversário do F.C. Porto na Liga dos Campeões teve sempre uma atitude algo passiva no jogo e, tendo inaugurado o marcador antes do intervalo, por Wayne Bridge, num chapéu de fora da área (36 m), deixou que os seus adversários se moralizassem e começassem a pressionar os «blues» nas imediações da área, à custa de um futebol directo à procura da cabeça dos seus avançados. Com Hilário na baliza e Paulo Ferreira adaptado a central, face à falta de especialistas nessa posições, o Chelsea deixou-se ficar à mercê de um Wycombe que, dentro das suas limitações, acreditou ser possível fechar a noite sem derrota.
E foi isso mesmo que aconteceu a 13 minutos do fim, quando um cabeceamento de Mooney foi aproveitado por Easter para ganhar em força a Essien, outro central improvisado, e bater Hilário com um remate rasteiro. Já com Lampard em campo, o Chelsea ainda procurou o golo da vitória, mas o jogo acabou assim mesmo, com natural euforia para os adeptos dos visitados.
O Chelsea apresentou o seguinte onze: Hilário; Geremi, Paulo Ferreira, Essien e Ashley Cole; Makelele, Mikel, Ballack e Bridge (Lampard, 67); Kalou (Sinclair, 90) e Wright-Phillips (Sahar, 61).