Danny Drinkwater terminou o contrato de cinco anos que o ligava ao Chelsea e revelou em entrevista à Sky Sports o calvário por que passou nos «Blues», sublinhando mesmo que teve de lidar com problemas mentais durante os últimos anos.  

«Desperdicei os meus melhores anos. Se tivesse ficado no Leicester ou não me tivesse lesionado… Já não posso mudar o passado. Agora, sinto-me aliviado. Lidei com problemas mentais desde 2019. Os meus avós morreram, o meu pai foi diagnosticado com leucemia, perdi o meu cão e bebia. Cometi erros. Além disso, estava também lutar pela custódio do meu filho. Quando há muita coisa com que tens de lidar, isso acaba por atingir-te. Foi assim comigo. Estava perdido», revelou o médio de 32 anos que nunca se impôs nos londrinos, onde apenas cumpriu 23 jogos em cinco épocas, tendo nesse período sido cedido a Burnley, Aston Villa, Kasimpasa e Reading.

«Quando a parte do futebol corre bem, tudo o resto parece mais fácil de lidar. No entanto, não foi o caso. Nunca estive tão no fundo. Não creio que tivesse uma depressão, mas fui recebido pelo psicólogo da equipa e sem isso as coisas poderiam ter sido piores», afirmou o internacional inglês, que se mostrou «aliviado» por recuperar a confiança e poder agora estar livre para escolher um novo clube. 

«Não era uma situação boa para mim ou para o Chelsea, mas saio zangado pela forma como correu e como fui tratado», disse Drinkwater, recordando por exemplo quando o técnico Maurizio Sarri e o adjunto Gianfranco Zola lhe disseram para procurar clube, no verão de 2018, a uma hora do fecho do mercado.

«A minha reação foi: “E dizem-me isso agora? Preciso de tempo” Eles disseram que tinham alternativas fora de Inglaterra. Mas eu respondi que o meu filho era a minha prioridade e não saí», afirmou.

Sobre o futuro, o jogador de 32 anos diz que «há algumas hipóteses em cima da mesa e uma decisão para tomar».