A ministra da Economia francesa, Christine Lagarde, avaliou hoje o custo da greve dos transportes em França, que se prolonga há seis dias, num montante de entre «300 e 400 milhões de euros por dia».

Apesar de considerar este custo «difícil de avaliar», a ministra considerou que se podia avaliar um montante compreendido «entre 300 e 400 milhões de euros por dia de greve, tendo em conta as perturbações diversas e variadas motivadas pelos actuais movimentos de protesto».

Christine Lagarde explicou que o cálculo dos seus serviços era uma extrapolação de um estudo realizado sobre o impacto financeiro da greve na região parisiense, a mais afectada.

Principais envolvidos, os caminhos-de-ferro franceses (SNCF) perderam já «mais de cem milhões de euros», segundo a presidente da empresa, Anne-Marie Idrac. Por seu turno, a direcção dos transportes públicos de Paris calculam que a greve contra a reforma do regime das aposentações antecipadas lhe custa quatro milhões de euros por dia.

A circulação de comboios e metropolitano em França continuava hoje fortemente afectada, no sexto dia consecutivo de greve contra a reforma sobre os regimes especiais de aposentação proposta pelo Presidente Nicolas Sarkozy.

Milhões de franceses tiveram hoje novamente de recorrer bicicletas ou andar a pé para poderem chegar aos locais de trabalho, ou desesperaram em filas de trânsito com centenas de quilómetros.

O metropolitano de Paris mantém-se limitado à circulação de uma composição em cada cinco, em média, enquanto 35 por cento dos autocarros estava a funcionar, de acordo com informações da RATP (Administração dos transportes parisienses). Os comboios dos subúrbios estavam a funcionar, a um ritmo de um a dois por hora, informou a SNCF, que anunciou uma ligeira melhoria nas grandes linhas, com a circulação de um em cada dois comboios de alta velocidade (TGV).