Este tem sido um annus horribilis para Michael Douglas, de 65 anos. Em janeiro, Cameron, de 31 anos, o seu filho mais velho ¿ fruto do casamento com Diandra Luker ¿ foi detido por posse e tráfi co de heroína e cocaína. Em abril, foi condenado a cinco anos de prisão. Em junho, a ex-mulher exigiu-lhe 50% dos ganhos com o filme «Wall Street - O Dinheiro nunca Dorme». Aliás, o regresso do ator na pele de Gordon Gekko - personagem que lhe deu o Óscar de Melhor Ator em 1986 - tem sido bastante aplaudido pela crítica e pelo público e essa foi uma das poucas boas notícias que Douglas recebeu este ano. No filme, o ator volta no seu melhor.

O pior chegou no início de agosto, quando descobriu que tinha um cancro na garganta, em estado avançado. Em vez de se refugiar na sua redoma de estrela internacional, Michael Douglas escolheu não se esconder. Três semanas depois de descobrir a doença, assumiu publicamente a luta que está a travar, partindo do princípio de que um cancro «não é um mistério, mas sim um inimigo a combater». Assim, frontalmente, numa recente entrevista à revista francesa Paris Match.

Ao longo do último mês, tem-se desdobrado em declarações sobre a doença, nos jornais, nas revistas e na televisão. E em todas elas, o discurso é o mesmo: está otimista.

«O tumor está a regredir. Ainda não me encontrei com Deus», diz. Mas não deixa de se inquietar: «Achamos sempre que estas coisas só acontecem aos outros.»

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